Economia

Paulo Pedrosa afirma que privatização da Eletrobras ocorrerá neste ano

Paulo Pedrosa afirma que privatização da Eletrobras ocorrerá neste ano Paulo Pedrosa afirma que privatização da Eletrobras ocorrerá neste ano Paulo Pedrosa afirma que privatização da Eletrobras ocorrerá neste ano Paulo Pedrosa afirma que privatização da Eletrobras ocorrerá neste ano

Brasília – O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, reiterou que o processo de privatização da Eletrobras será realizado neste ano. Segundo ele, a aprovação, pelo Conselho de Administração, deve ocorrer no início do segundo semestre, e o pagamento da outorga de R$ 12,2 bilhões à União pode ocorrer, no limite, no último dia útil do ano, em 28 de dezembro.

“A privatização da Eletrobras vai ocorrer no momento em que a União oferecer um pacote de alternativas e a Eletrobras, por meio de seu conselho, com voto dos minoritários, para não haver abuso de poder econômico, topar e aceitar esse contrato com a União”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.

“Então a Eletrobras assinará o contrato com a União e, a partir daí, vai fazer a emissão para captar recursos e pagar a União. Esse pagamento pode acontecer até 28 de dezembro, último dia útil para fazer o crédito na conta da União. Agora, a alteração da contratação pode acontecer no início do segundo semestre.”

Segundo o secretário-executivo, o novo contrato que a União vai ofertar à Eletrobras terá condições como a mudança no prazo e na correção do pagamento da indenização das transmissoras (RBSE), o regime de produção independente, que inclui a gestão do risco do negócio, e o compromisso de que a empresa será uma corporação e que nenhum acionista poderá ter mais de 10% do controle. Além disso, é possível incluir obrigações futuras, como um prazo para a migração para o Novo Mercado.

“Uma vez que o contrato seja aceito e aprovado, a operação será feita, e a partir daí são questões operacionais corriqueiras do mundo empresarial, como a emissão, captação de recursos e pagamento para o governo”, afirmou.

Pedrosa disse ainda que é possível aprovar a privatização da Eletrobras e o novo marco do setor elétrico neste ano. O projeto do novo modelo foi enviado à Casa Civil pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e agora está na fase de discussões e ajustes, mas não foi mencionado na lista de prioridades da agenda econômica do governo na segunda-feira, 19. É possível que ele seja encampado por algum deputado via projetos engavetados, que já tramitam na Casa e que possam receber um novo substitutivo.

“São duas pernas de uma mesma caminhada em direção a algo novo, ao futuro. São projetos que dependem de maioria simples, que precisam de 257 congressistas para abrir votação e depois ter um voto a mais. É situação que politicamente muito mais simples. Todas as pesquisas que temos no Congresso e na sociedade apontam que o tema está maduro. Hoje a sociedade entende que o modelo anterior está esgotado e que a privatização é favorável”, disse.

O secretário-executivo disse não acreditar que a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Eletrobras possa atrasar os planos do governo. Ele ressaltou que o Congresso poderá fazer mudanças no projeto de lei de privatização. “O Congresso tem representatividade política para fazer decisões de natureza política, por exemplo, atender mais o projeto do São Francisco e menos a União e o consumidor”, disse, a respeito da divisão dos benefícios da privatização.

“O projeto terá aperfeiçoamentos. O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), relator do projeto, tem diálogo com o setor e a Região Nordeste. Tenho confiança de que avançaremos e vamos preservar o essencial, que é a natureza do projeto”, afirmou.

Sobre a CPI, ele disse que o processo de enfrentamento é natural e também ocorreu durante a licitação das usinas hidrelétricas que pertenciam à Cemig, leiloadas no ano passado. “Houve enorme enfrentamento, mas avançamos e prosperamos. O governo está determinado, seguro e a equipe está unida”, disse.