Economia

Plano de Trump de vender reservas estratégicas de petróleo pode minar Opep

Plano de Trump de vender reservas estratégicas de petróleo pode minar Opep Plano de Trump de vender reservas estratégicas de petróleo pode minar Opep Plano de Trump de vender reservas estratégicas de petróleo pode minar Opep Plano de Trump de vender reservas estratégicas de petróleo pode minar Opep

São Paulo – A reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pode enfrentar mais um desafio em sua meta de normalizar a oferta de petróleo: a proposta de orçamento do governo de Donald Trump para o ano fiscal de 2018 irá apresentar um plano de venda de metade das reservas estratégicas de petróleo dos Estados Unidos nos próximos dez anos.

Em relatório a clientes, o Commerzbank comenta que a Opep continuará a enfrentar os EUA. Tanto na produção de óleo de xisto americano, que continua a avançar, quanto com a proposta de Trump. Segundo o banco alemão, as reservas estratégicas americanas somam, atualmente, 688 milhões de barris. “Mesmo que não seja claro se a aprovação necessária do Congresso será atingida, a notícia foi suficiente para exercer pressão sobre os preços do petróleo no início do dia”, disseram os analistas do Commerzbank.

Para ser plenamente ativado, o projeto precisa da aprovação do Congresso. No entanto, legisladores democratas e republicanos preveem que significativas mudanças serão necessárias à medida que a proposta avançar no Capitólio.

Analistas do Julius Baer preveem que a ampliação dos cortes na produção de petróleo da Opep parece ter se tornado uma formalidade, após Arábia Saudita e Rússia terem prometido apoio à ideia. No entanto, o banco ressalta que analistas continuam a avaliar que o mercado está analisando o persistente excedente de oferta e o reequilíbrio mais lento do que o esperado no mercado de petróleo, devido à produção de óleo de xisto nos EUA.

“O excesso persistente de oferta e o novo boom na produção de xisto questionam a eficácia da extensão do acordo da Opep”, diz o Julius Baer. Para o banco, “o cumprimento do acordo será seriamente testado no futuro e o ceticismo sobre a eficácia do negócio continuará alto”, fazendo com que a previsão do Julius Baer para os preços do petróleo esteja entre US$ 45 e US$ 50 por barril.