Economia

Política de conteúdo local precisa ser aperfeiçoada, diz Parente

Política de conteúdo local precisa ser aperfeiçoada, diz Parente Política de conteúdo local precisa ser aperfeiçoada, diz Parente Política de conteúdo local precisa ser aperfeiçoada, diz Parente Política de conteúdo local precisa ser aperfeiçoada, diz Parente

São Paulo – O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta segunda-feira, 26, que a política de conteúdo local tem problemas e precisa ser aperfeiçoada. “Somos a favor de política de conteúdo local, mas não achamos razoável que traga a quantidade de problemas que trouxe”, disse o executivo, durante apresentação do novo plano estratégico da companhia na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Ele citou que a política de conteúdo local ocasionou atrasos na entrega de equipamento, “com impacto importante para a estatal brasileira de petróleo. Parente enfatizou que é a favor da política, mas defendeu a necessidade de uma revisão, de modo a “promover uma indústria competitiva nacional e fazer com que ela possa se emancipar e competir a nível internacional”, disse.

Parente também disse ser contra a obrigatoriedade de participação da Petrobras em todos os campos de partilha. “A obrigação de participar em 30% não interessa nem à empresa, nem ao País”, disse. Ele comentou que, devido à escassez de recursos, a Petrobras não teria condições de desenvolver todos os campos. “Mas o conhecimento que acumulamos nos permite ser mais seletivos para otimizar o retorno dos recursos escassos que temos para investir”, disse.

Dívida

O forte crescimento da dívida da Petrobras ao longo dos últimos anos, com o endividamento superando os R$ 132 bilhões, se deu, entre diversos motivos, pelo fato de a empresa praticar preços abaixo da paridade internacional por muitos anos, disse Parente. A meta da companhia é reduzir sua alavancagem de 5,3 vezes, atualmente, para 2,5 vezes até 2018.

Parente lembrou que a Petrobras acaba de fazer um pagamento de uma dívida tomada junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de R$ 1,5 bilhão, de um empréstimo feito para a realização de um investimento em um projeto que não gera retorno. “Continuamos a pagar, mas a obra está sem gerar resultado”, frisou.

O presidente da Petrobras destacou que o plano estratégico da companhia traz ainda uma visão de empresa, que é bastante importante para mostrar onde a companhia quer chegar. “Queremos uma empresa de energia focada em óleo e gás. Essa visão estratégica é importantíssima: dizer o que vamos e o que não vamos fazer”, afirmou.

Produção

Após os cinco anos de seu plano de negócios, para o período de 2017 a 2021, a Petrobras será uma empresa com produção de 3,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) considerando Brasil e exterior, disse Parente.

“O plano de negócios tem um horizonte inicial de dois anos e concentra os esforços para fazer uma virada na empresa em duas métricas, de segurança e alavancagem”, disse o executivo. Nos três anos seguintes, a companhia se focará no retorno do crescimento de sua produção.