Economia

Por causa da pandemia, CNI pede prorrogação de regimes de desonerações

De acordo com a confederação, com a pandemia, as produções estão enfrentando atrasos recorrentes e o setor está com dificuldades no fornecimento de matéria-prima, produção e transporte internacional

Por causa da pandemia, CNI pede prorrogação de regimes de desonerações Por causa da pandemia, CNI pede prorrogação de regimes de desonerações Por causa da pandemia, CNI pede prorrogação de regimes de desonerações Por causa da pandemia, CNI pede prorrogação de regimes de desonerações
Foto: Agência Brasil

Com o agravamento da pandemia do coronavírus, a indústria brasileira quer que o governo prorrogue programas que desoneram tributos sobre insumos utilizados na exportação de bens. Em carta enviada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) pede a renovação de dois programas que vencem neste ano. O pleito é para que eles sejam estendidos até 2023.

O setor industrial pede a prorrogação dos regimes de Drawback e Recof/Recof-Sped. Esses regimes permitem que insumos importados utilizados na cadeia de produção de bens exportados fiquem livres do pagamento de impostos. “Esses programas ajudam as empresas brasileiras a competirem no mesmo nível no comércio internacional”, afirma a CNI, em nota.

De acordo com a confederação, com a pandemia, as produções estão enfrentando atrasos recorrentes e o setor está com dificuldades no fornecimento de matéria-prima, produção e transporte internacional. Com isso, as empresas não conseguirão exportar todos os produtos previstos em 2021 e, com o vencimento dos programas, terão que pagar imposto sobre insumos importados neste ano.

Em levantamento feito no início de março com 79 empresas e associações, a CNI identificou que 70 disseram que não conseguirão ou não sabem se conseguirão exportar dentro do prazo. Com isso, essas empresas teriam que pagar R$ 775 milhões em tributos por conta do fim dos programas, um custo “inesperado”, destaca a CNI.

“Para manter os compromissos com os clientes internacionais e a competitividade do país no mercado internacional, é fundamental que os atos concessórios de Drawback e os processos de Recof e Recof-Sped com vencimento improrrogável em 2021 sejam postergados para 2022, ou até mesmo para 2023”, completa o documento.

Segundo a CNI, em 2019, 31% das exportações nacionais foram beneficiadas pelos regimes de Drawback e o Recof/Recof-Sped ou US$ 69,4 bilhões. Os programas beneficiam setores como mineração, siderurgia, papel e celulose, químico, automotivo, metalúrgico e alimentício.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.