Davos – A potencial oferta pública inicial de ações (IPO) da gigante estatal de petróleo da Arábia Saudita, a Saudi Arabian Oil Co., conhecida como Aramco, não inclui as reservas de petróleo, disse o presidente da empresa Khalid al-Falih. Em uma entrevista à rede de TV de Dubai Arabiya TV concedida em Davos, na Suíça, o comandante da empresa afirmou ainda que a oferta poderia ocorrer no mercado local ou em mercados internacionais.
“As reservas não serão vendidas, mas a habilidade da companhia de produzir a partir das reservas está sendo estudada”, declarou. “As reservas vão permanecer soberanas”, acrescentou, dizendo que a companhia está estudando qual o melhor formato para o IPO.
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A Aramco diz que possui mais de 260 bilhões de barris em reservas de petróleo e o equivalente a 50 bilhões de barris em reservas de gás natural. O montante é 12 vezes maior que o da maior companhia de capital aberto do setor, a Exxon Mobil Corp.
Analistas não esperavam que a oferta inicial incluísse as reservas de petróleo e, ainda assim, o IPO poderia criar uma companhia listada avaliada em trilhões de dólares.
Falih havia dito ao The Wall Street Journal este mês que a venda de ações poderia incluir ao menos parte dos ativos de exploração e produção da companhia, contrariando a especulação de que qualquer IPO se concentraria apenas em divisões de refino e petroquímica.
O IPO da Saudi Aramco, que é essencialmente um braço do governo saudita, está sendo considerado num momento em que o reino enfrenta desafios econômicos e políticos em várias frentes.
A queda sustentada nos preços do petróleo bruto tem afetado a receita saudita em bilhões de dólares enquanto o país carrega uma campanha militar no Iêmen e tem apoiado operações para expulsar o presidente sírio Bashar al-Assad. Esses conflitos levaram a fortes enfrentamentos com o rival regional Irã. Fonte: Dow Jones Newswires.
