Economia

Preço das principais hortaliças registra queda em junho, diz Conab

Preço das principais hortaliças registra queda em junho, diz Conab Preço das principais hortaliças registra queda em junho, diz Conab Preço das principais hortaliças registra queda em junho, diz Conab Preço das principais hortaliças registra queda em junho, diz Conab

A maioria das hortaliças analisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) registrou queda de preço em junho nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do País. A avaliação faz parte do 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta terça-feira, 21, pela Conab.

A pesquisa considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Batata, cenoura, cebola e tomate tiveram alta de preço, enquanto apenas a alface teve a predominância de alta nos valores no atacado do último mês.

Conforme o boletim, a queda dos preços do tomate já era prevista em junho, considerando a oferta pulverizada e crescente do produto, “situação típica para esta cultura no período”. Além disso, com as medidas de combate ao novo coronavírus, a demanda pelo consumidor se encontra em baixos níveis. A queda nas cotações oscilou entre 21,88% em São Paulo e 55,80% em Vitória (ES).

A maior oferta de batata e cenoura também provocou queda das cotações desses produtos. “No caso do tubérculo, esta é a primeira vez do ano em que se observa redução nas cotações”, diz a Conab.

As quedas de preços ficaram entre 8,43% em Recife (PE) e 18,18% no Rio de Janeiro. A intensificação da safra da seca pressiona os preços para baixo, com a maior oferta a partir dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

A alta produtividade da cenoura, em virtude das melhores condições climáticas, sobretudo na região de São Gotardo (MG), causou impacto nos preços. A queda das cotações ficou acima de 20%, chegando ao porcentual negativo de 32,44% em São Paulo.

A Conab informa, ainda, que o preço da cebola não apresentou redução tão significativa em comparação com as outras hortaliças. A queda ficou entre 4,36% em Vitória e 13,54% em Fortaleza. “O mercado, antes abastecido sobretudo pela oferta do Sul do País, recebe agora, também, a do Nordeste, do Sudeste e do Centro-Oeste”, explica a estatal.

Com relação à alface, a Conab explica que a instabilidade na demanda e nos preços, desde o início da pandemia, fez com que produtores de algumas regiões do País diminuíssem a área plantada, puxando as cotações.

“No Estado de São Paulo, parte da área destinada ao plantio de alface foi substituída por culturas menos perecíveis, como o repolho e a couve flor, com possibilidade de serem consumidas cozidas e, por isso, mais apreciadas no inverno”, diz a estatal no boletim. Outros fatores relevantes foram as baixas temperaturas, inclusive com a ocorrência de geadas, que prejudicaram o cultivo das folhosas neste período.

Frutas

No segmento de frutas, o estudo da Conab também considerou os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia).

De acordo com o estudo, apenas a laranja teve queda de preços e aumento da oferta, mas em intensidade e volume menor do que no ano passado. Em contrapartida, a demanda pela fruta foi reduzida por causa do clima mais frio e da pandemia do novo coronavírus.

Já a maçã, banana, melancia e mamão ficaram caras no atacado. Enquanto a maçã teve uma oferta controlada com relação ao consumo, sendo a elevação de preços explicada pela melhor qualidade do produto, as demais frutas registraram menor volume no mercado.

No caso da melancia, a alta ocorre com a menor produtividade nas regiões goianas que abastecem o mercado nesta época do ano. A banana registrou diminuição na colheita da variedade nanica. No caso do mamão, nem a menor demanda nos entrepostos conseguiu amenizar o impacto da queda na oferta, principalmente da variante papaia. A alta do produto na capital do Espírito Santo chegou a 47,45%.