Economia

Preço final dos combustíveis ficou acima do esperado em fevereiro, diz IBGE

Preço final dos combustíveis ficou acima do esperado em fevereiro, diz IBGE Preço final dos combustíveis ficou acima do esperado em fevereiro, diz IBGE Preço final dos combustíveis ficou acima do esperado em fevereiro, diz IBGE Preço final dos combustíveis ficou acima do esperado em fevereiro, diz IBGE

Rio – Item de maior impacto sobre a inflação de fevereiro, o preço médio do litro da gasolina variou entre o mínimo de R$ 3,10, em São Paulo, e o máximo de R$ 3,53 em Salvador, de acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta sexta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A gasolina chamou bastante atenção nesse mês de fevereiro justamente porque ultrapassou 8% (8,42%). O impacto dos impostos foi muito forte e pesou nas bombas. Em consequência, pesou no bolso do consumidor, até mais do que se poderia prever”, avaliou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. Segundo a pesquisadora, a maior concorrência justifica os preços mais baixos em São Paulo. Em janeiro, o preço médio do litro na região era de R$ 2,89.

Em Salvador, o litro do combustível custava R$ 3,10 em janeiro. Embora o IBGE não trabalhe com uma previsão de aumento médio resultante da elevação de impostos, Eulina reconhece que pode ter havido um repasse maior do que o esperado. “Pode ter aumentado mais do que o previsto”, disse ela. No Rio de Janeiro, a gasolina custava R$ 3,21 em janeiro e passou a R$ 3,38 em fevereiro.

Etanol

O etanol também ficou mais caro em fevereiro, 7,19%, sob o argumento dos produtores de um aumento de custos gerado pela forte estiagem. “O etanol aumentou a reboque do aumento da gasolina”, disse Eulina, acrescentando que estamos no período de safra de cana de açúcar.

O encarecimento da gasolina refletiu o aumento nas alíquotas do PIS/COFINS, que entrou em vigor em 1º de fevereiro. Como resultado, o item foi responsável por 25,41% da taxa de inflação no mês, uma contribuição de 0,31 ponto porcentual para a variação de 1,22% registrada pelo IPCA.

Na lista de maiores impactos do mês também aparecem os cursos regulares (alta de 7,24% e impacto de 0,21 ponto porcentual); energia elétrica (3,14% de alta e 0,10 ponto porcentual de impacto); automóvel novo (2,88% e 0,09 ponto porcentual); ônibus urbano (2,73% e 0,07 ponto porcentual); etanol (7,19% e 0,06 ponto porcentual); e cursos diversos (7,14% e 0,06 ponto porcentual). “O aumento de impostos teve influência significativa sobre o IPCA de fevereiro”, declarou Eulina, referindo-se aos itens gasolina, energia elétrica e automóvel novo.