Nas últimas semanas, os capixabas têm sentido no bolso o aumento no preço de alguns itens no supermercado. Depois do feijão, os produtos que tiveram seus preços elevados foram o alho, a manga, a batata inglesa, o leite e a manteiga, segundo o projeto Vigilantes dos Preços, da Faculdade Doctum de Vitória.
De acordo com a pesquisa, o alho aumentou cerca de 30% por conta do excesso de chuvas nas regiões produtoras e alta do dólar. Já a manga, a tommy e palmer, registraram um aumento de 40% por conta da baixa oferta nacional e os custos da produção, que cresceram significativamente.
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A batata-inglesa teve o preço elevado em torno de 8% por conta da seca nas regiões produtoras e a escassez de água.
Além dos itens acima, o leite e a manteiga sofreram um aumento de 3% nos preços por conta da entressafra (período intermédio entre uma safra e outra) do leite.
Confira a análise completa realizada pelos Vigilantes dos Preços:
Alho em torno de 30%
Excesso de chuvas nas regiões produtoras e alta do dólar estão por trás da disparada recente de preço. Só que a moeda americana tem impacto forte por um detalhe: a maior parte do alho consumido no país é importada. A produção nacional responde por apenas cerca de 30% do consumo nacional. O resto vem de fora, principalmente da China e da Argentina.
Manga em torno 40%
Os preços da tommy e da palmer foram os maiores registrados na quinzena. O principal motivo é a baixa oferta nacional nos últimos tempos. Desde 2013, a produtividade tem sido menor que o potencial da cultura nas principais regiões produtoras – reflexos do clima. Além disso, como o cenário externo está mais atrativo e os produtores têm se adequado cada vez mais às normas de exportação, a procura pela manga brasileira tem aumentado. Assim, as exportações têm demandado grande parte do volume da fruta produzida pelo Brasil, reduzindo a oferta no mercado interno e, consequentemente, aumentando os preços. Porém, apesar da valorização da fruta, os custos de produção também aumentaram significativamente.
Batata inglesa em torno de 8%
Com a seca causada pelo forte calor e a escassez de água, a produção foi desestimulada e, neste momento, sofremos a menor oferta, consequentemente, com alta nos preços praticados.
Leite e Manteiga em torno de 3%
Estamos na entressafra do leite e com isso, a indústria laticínia está repassando o aumento dos custos de produção para o consumidor final. Neste período ocorre geralmente uma queda de produção provocada pela redução da disponibilidade e qualidade nutricional das pastagens que alimentam o gado, o que, por sua vez é ocasionada pela escassez de chuvas e baixas temperaturas.
