Economia

Prefeitura de Itapemirim anuncia demissões para enfrentar crise financeira

A Secretaria de Finanças sugeriu a redução após um levantamento que revelou que mais de 100% da receita do município é utilizada para pagar os servidores

Prefeitura de Itapemirim anuncia demissões para enfrentar crise financeira Prefeitura de Itapemirim anuncia demissões para enfrentar crise financeira Prefeitura de Itapemirim anuncia demissões para enfrentar crise financeira Prefeitura de Itapemirim anuncia demissões para enfrentar crise financeira
O secretário de Finanças, Éder Botelho, disse que os gastos precisam ser cortados, pois a situação pode piorar Foto: ​Divulgação/PMI

Com 3.815 servidores, entre efetivos e comissionados, e enfrentando uma crise financeira, a Prefeitura de Itapemirim terá que reduzir o número de funcionários para ajustar as contas públicas. Apenas no mês de abril deste ano, o município pagou o equivalente a R$ 12.226.953,40, enquanto a arrecadação foi de R$ 12.204.265,65, representando um déficit de 100,19%.

De acordo com o secretário municipal de Fianças, Éder Botelho, na Lei de Responsabilidade Fiscal, o limite prudencial para esse tipo de gasto é de 51% e o máximo é de 54% da receita. Para isso, para se adequar à lei, o município precisa reduzir o número de servidores, sob o risco de não conseguir arcar com suas despesas.

“Gastar tudo o que se arrecada com o quadro de funcionários é uma das maiores irresponsabilidades que a administração pública pode cometer. É inimaginável que a administração pública empregue tudo o que se arrecada para custear o pagamento de seu quadro pessoal. Isso jamais poderia ter acontecido e deve ser corrigido imediatamente. Gastar mais de R$ 12 milhões para pagar os servidores, quando o limite prudencial é pouco mais de R$ 6 milhões, coloca em risco todo o serviço público”, explica o secretário.

Ainda, de acordo com Éder, a arrecadação do município não é fixa e, caso o problema não seja corrigido, a situação pode piorar. “A previsão é de que a arrecadação continue caindo e se o gasto com a folha de pagamento não acompanhar, o problema será agravado e as contas não vão fechar no final do ano”, completa.

Os dados já foram apresentados para a prefeita em exercício, Viviane Peçanha, que está analisando os números e deve decidir nos próximos dias sobre quais medidas serão adotadas.