Economia

Presença do FMI no Brasil está obsoleta, diz Ministério da Economia

Presença do FMI no Brasil está obsoleta, diz Ministério da Economia Presença do FMI no Brasil está obsoleta, diz Ministério da Economia Presença do FMI no Brasil está obsoleta, diz Ministério da Economia Presença do FMI no Brasil está obsoleta, diz Ministério da Economia

O Ministério da Economia afirma que o Brasil é credor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a presença do organismo multilateral está obsoleta no País. Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, não será mais necessário manter a representação do FMI no Brasil porque o fundo conta com escritórios apenas em países com os quais tem programa ativo.

Como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, o Fundo está fechando as portas da sua representação em Brasília a partir de 1º de julho de 2022.

O último acordo brasileiro financeiro com o FMI ocorreu na crise de 2002 e foi pago antecipadamente em 2005.

“O Brasil hoje é credor do FMI”, enfatizou a assessoria de Guedes em comunicado enviado ao jornal O Estado de S. Paulo.

A notícia vem no rastro das críticas do ministro Paulo Guedes às previsões feitas pelo FMI para o crescimento da Economia. Guedes criticou o ex-presidente do Banco Central (BC), que deve assumir em breve o cargo de diretor para o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Ilan Goldfajn.

Desde o ano passado, o ministro vinha se mostrando incomodado com o FMI e suas estimativas. Em encontro na quarta na Fiesp, subiu o tom: “Que eles vão fazer as previsões deles em outro lugar”, disse o ministro, para quem o FMI já fez o que tinha que fazer no Brasil e que “já poderia ter ido embora”.

Ele emendou que o FMI “só não foi embora porque ”talvez gostem do futebol, da feijoada e de bom papo”.

A notícia do fechamento do escritório teve repercussão nas redes sociais pela pressão contra o FMI ter partido de um economista liberal, formado na Universidade de Chicago.

“Em mais uma do ‘roteirista Brasil, coube a um ‘Chicago Oldie’ (como o próprio Guedes gosta de se chamar) mandar o FMI embora. PS: há vários FMIs, o depto. de pesquisa realiza pesquisas fora da caixinha, quase heterodoxas. Já a direção ainda segue o Consenso de Washington”, escreveu o ex-ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff, Nelson Barbosa.

O economista acrescentou que, ainda que por motivos errados, Guedes está certo nessa medida. “O FMI já faz análises regulares do Brasil e outros países a partir de sua sede em DC, não é preciso representação aqui para isso”, postou Barbosa.

Depois da repercussão, o Ministério da Economia disse que o Brasil valoriza o diálogo construtivo com o FMI e participa ativamente das atividades e iniciativas do fundo, inclusive as que resultaram em auxílio internacional aos países vulneráveis durante a pandemia da covid-19.