Economia

Presidente da OAB diz que governo deveria prorrogar prazo do eSocial

Presidente da OAB diz que governo deveria prorrogar prazo do eSocial Presidente da OAB diz que governo deveria prorrogar prazo do eSocial Presidente da OAB diz que governo deveria prorrogar prazo do eSocial Presidente da OAB diz que governo deveria prorrogar prazo do eSocial

Brasília – O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, afirmou nesta quarta-feira, 4, que o governo deveria prorrogar o prazo de pagamento dos tributos dos empregados domésticos “sem ser provocado”, já que os problemas encontrados por contribuintes foi “criado pelo próprio governo”. “Oficiamos aos ministros da Fazenda, Previdência e Trabalho solicitando que haja o adiamento do cumprimento do prazo do eSocial no sentido que não haja multa, nem taxas extras para aqueles que não puderam cumprir o prazo da lei por absoluta falta de estrutura e acesso no sistema do próprio governo”, disse.

Mais cedo, a OAB já havia soltado uma nota defendendo a prorrogação do prazo que termina nesta sexta-feira. Segundo a Receita, não haverá prorrogação de data. Contribuintes do Simples Doméstico encontram dificuldades para emitir a guia de pagamento do imposto.

“O Estado existe para facilitar a vida dos cidadãos e não para atrapalhar. Se o próprio Estado não possibilita o cumprimento do prazo legal, não pode o cidadão sofrer multas e punições”, reforçou o presidente da ordem.

Segundo Coêlho, se não houver o atendimento do pedido feito pela OAB, a entidade pretende ingressar na Justiça Federal com uma ação civil pública, em favor de toda a sociedade brasileira, para garantir a extensão do prazo. Mesmo que o sistema retorne à normalidade, Coêlho afirmou que os dias de instabilidade devem ser repostos.

Problemas no sistema

Grande parte das reclamações indica que, após o cadastro, os empregadores não conseguem gerar o boleto para o recolhimento dos tributos, como FGTS e INSS. Desde a sua liberação, o sistema recebeu 1,131 milhão de cadastros de empregadores e 1,164 milhão de empregados. Até o momento, 134 mil guias foram emitidas, 13% do total.

O boleto precisa ser gerado e pago até sexta-feira para que a situação fiscal do trabalhador doméstico fique regular. Caso isto não ocorra, o empregador sofrerá uma multa de 0,33% por dia de atraso, até o limite de 20% dos tributos devidos.

Há uma alíquota de 8% do FGTS e outros 3,2% do salário de seu empregado para cobrir a penalização de 40% sobre o saldo do FGTS a ser pago em caso de demissão sem justa causa. Ao INSS, a alíquota é de 8% e há ainda 0,8% de tributo para cobrir o seguro por acidente de trabalho.