Economia

Presidente do BC repete que condições para prescrição futura da política monetária seguem satisfeitas

Campos Neto disse também que o choque fiscal explica parte da depreciação cambial nos países emergentes

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta terça-feira (3), que as condições para o forward guidance (prescrição futura) da política monetária seguem satisfeitas. “As expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, encontram-se significativamente abaixo da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária; o regime fiscal não foi alterado; e as expectativas de inflação de longo prazo permanecem ancoradas”, afirmou o presidente do BC.

O comentário repete as comunicações mais recentes da autarquia, inclusive da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada na manhã desta terça. A avaliação constou em apresentação feita por Campos Neto em reunião virtual com representantes da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no início da tarde. A apresentação foi divulgada no site do Banco Central.

“O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”, repetiu ainda Campos Neto.

Conforme o presidente do BC, o Copom não pretende reduzir o grau de estímulo monetário desde que as determinadas condições do forward guidance sejam satisfeitas.

Campos Neto disse também que o choque fiscal explica parte da depreciação cambial nos países emergentes. Também avaliou que, nos Estados Unidos, o desemprego tem caído, mas “a recuperação das contratações líquidas ainda é moderada”. Ainda destacou o “forte crescimento” dos EUA no terceiro trimestre de 2020.

O presidente do Banco Central citou ainda o aumento do número de casos de covid-19 na Europa e nos EUA. Além disso, afirmou que a recuperação econômica pós-pandemia é “assimétrica em países e setores”.

Ao avaliar a situação da China, Campos Neto pontuou que prossegue no país a recuperação da atividade econômica. Segundo ele, a contribuição positiva do consumo melhora as perspectivas para 2021.

Campos Neto afirmou ainda que a recuperação econômica está em curso nos mercados emergentes. Ao mesmo tempo, ponderou que a “deterioração fiscal na crise já afeta ratings, inclusive de economias avançadas, e prêmios, especialmente de emergentes”.