Economia

Previ mira equilíbrio de plano em 2018

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São Paulo – A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil e o maior do País, está com superávit e prevê o equilíbrio no próximo ano. Em 2016 a fundação gerou um superávit de R$ 2,19 bilhões e no acumulado deste ano até setembro já soma R$ 6,5 bilhões. Com esse resultado faltará um pouco mais de R$ 7 bilhões para o equilíbrio.

“Nos últimos 18 meses já geramos R$ 10 bilhões em superávit e teremos o equilíbrio em algum momento em 2018”, destacou o presidente da Previ, Gueitiro Genso, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Esse número se refere ao Plano 1 da Previ, o seu maior fundo e mais maduro, com um patrimônio de R$ 157 bilhões. Assim, Genso não prevê a necessidade de aportes de natureza extraordinária dos participantes do plano.

Nesse plano, cerca de 46% está alocado em renda variável, isso já considerando o recente desinvestimento na CPFL, 43,4% em renda fixa, 6,35% em renda variável, 3,56% em operações com participantes e 0,55% de investimentos estruturados.

A rentabilidade, considerando o período de janeiro a agosto, chegou a 8,35%, ante sua meta atuarial de 4,61%. Segundo Genso, a Previ tem trabalhado para aumentar a comunicação com seus associados e passou a enviar um boletim dos investimentos, com o detalhamento da composição do resultado do fundo. “Nossa primeira meta é alcançar o equilíbrio, depois reduzir nossa meta atuarial”, disse Genso. Hoje a meta do Plano 1 é de INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) + 5% ao ano.

Renda variável

Até agosto a Previ tinha, considerando ainda Plano 1, R$ 72,5 bilhões alocados em renda variável, em empresas como Vale, Banco do Brasil, Neoenergia, Ambev, Petrobras, BRF, Itaú Unibanco e Ultrapar. O presidente da fundação diz que o objetivo no longo prazo é reduzir tal volume, visto que esse fundo já está maduro, mas que não existe qualquer necessidade de se desfazer de ativos, e que avalia boas oportunidades, como a venda da CPFL para a chinesa State Grid.

“Não iremos queimar ativo a qualquer preço, não temos necessidade, mas a política é que qualquer ativo está à venda, desde que seja um bom negócio”, afirma.

Um dos objetivos, conta, é diversificar a carteira de renda fixa, o que poderá ocorrer mediante alguma venda de ações em bolsa para o investimento em outros papéis, incluindo aquelas que podem ser disponibilizadas em ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). Segundo ele, a Previ não tem mais a premissa de fazer parte do bloco de controle das empresas investidas, como ocorria no passado. “Queremos empresas que são boas pagadoras de dividendos, com governança e integridade”, diz. “Seremos investidores ativistas”, completa.

A busca, dessa forma, da desconcentração da carteira será por setores ainda não investidos. Genso disse que a Previ está conseguindo neste momento ter um portfólio de ações líquidas no mercado. Isso está sendo possível com a conversão das ações preferenciais em ordinárias da Vale e, mais para frente, com o IPO da Neoenergia, que já está com o pedido de oferta realizado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).