Foram 329 negociações entre 40 fornecedores e cinco grandes empresas compradoras na primeira rodada de negócios da Modal Expo 2025. Nesse sentido, a rodada movimentou uma expectativa de R$ 700 mil em futuros contratos. O evento, que termina nesta quinta-feira (05), reúne especialistas, empresários e autoridades na área de logística no Pavilhão de Carapina.
“O Encontro de Negócios superou as expectativas, pois aconteceu pela primeira vez no Estado”, afirmou Paula Lisboa, analista do Sebrae ES, entidade responsável pela ação. “Os resultados demonstram o potencial de negócios que o setor é capaz de oportunizar às empresas, além de evidenciar a sua consolidação no Espírito Santo”, completou.
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Outro destaque do segundo dia do evento foi a viagem teste com ônibus movido a gás natural e biometano, que pode futuramente integrar a frota do Transcol. O trajeto partiu do Parque Cultural Casa do Governador, em Vila Velha, e teve como destino o evento em Carapina, na Serra. “Essa é uma iniciativa que mostra como o transporte público pode avançar rumo à sustentabilidade”, destacou Fabio Damasceno, secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura.
Desafio para cada modal
Durante os painéis, os desafios da infraestrutura de cada modal na cadeia capixaba foram tema central. Nesse sentido, no debate “Espírito Santo: O Novo Hub Logístico do Brasil”, o presidente da ECO101, Roberto Amorim Junior, destacou a importância da modernização rodoviária. “Este ano iremos potencializar os carregadores elétricos em todas as nossas bases operacionais da BR-101, reforçando nosso compromisso com a inovação e sustentabilidade”, disse.
No mesmo painel, Fabio Marchiori, presidente da VLI Logística, reforçou a relevância do modal ferroviário. “A ampliação da logística ferroviária brasileira anda literalmente lado a lado com a sustentabilidade, porque o transporte ferroviário tem uma pegada de carbono muito menor”, explicou o executivo, que também destacou o papel do Espírito Santo no novo cenário logístico nacional.
Já o CEO da Vports, Gustavo Serrão, apontou a necessidade de diversificação da rota portuária brasileira, em relação ao modal portuário. “O crescimento do Brasil não vai se dar onde já está concentrado: Santos e Rio de Janeiro. Eu vejo uma grande oportunidade para o nosso Estado ser uma alternativa logística no país”, afirmou, destacando a vocação portuária capixaba e os investimentos em expansão.
A Reforma Tributária também foi tema de análise no painel “Espírito Santo 2032”, que discutiu como as mudanças no sistema tributário impactarão o futuro logístico e de cada modal do Estado. “A reforma tributária foi fundamentada no pilar da neutralidade fiscal. Com a extinção dos benefícios, é fato que irá prejudicar o Espírito Santo. Nosso desafio é nos reinventarmos sem esses incentivos”, alertou Benício Costa, secretário de Estado da Fazenda.
Equipe de Jornalismo
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