Economia

Primeiro trimestre vai inspirar cuidado com meta fiscal, por perda de arrecadação, diz Haddad

Primeiro trimestre vai inspirar cuidado com meta fiscal, por perda de arrecadação, diz Haddad Primeiro trimestre vai inspirar cuidado com meta fiscal, por perda de arrecadação, diz Haddad Primeiro trimestre vai inspirar cuidado com meta fiscal, por perda de arrecadação, diz Haddad Primeiro trimestre vai inspirar cuidado com meta fiscal, por perda de arrecadação, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu nesta quinta-feira, 28, que a equipe econômica continuará a insistir em perseguir a meta fiscal de déficit primário zero no ano que vem. Ele ressalvou durante entrevista coletiva, porém, que o primeiro trimestre de 2024 vai inspirar cuidado por causa da perda de arrecadação do segundo semestre deste ano.

“Como toda meta, será perseguida ao longo do exercício, acompanhando a execução orçamentária”, disse. “Temos um primeiro trimestre que vai inspirar cuidado depois de dois trimestres com perda de arrecadação”, continuou.

Haddad lembrou que o juro real atingiu seu pico em 2023 e isso tem reflexo sobre arrecadação. “Isso está nos comunicados da autoridade monetária. E é para restringir a atividade econômica mesmo. O fiscal depende da política monetária, e não apenas das medidas fiscais que se tomam”, justificou. Segundo ele, quando a política monetária é muito restritiva, impacta a área fiscal.

Renúncia fiscal

Haddad criticou a renúncia fiscal do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), uma das medidas setoriais de socorro implementadas durante a pandemia. Segundo ele, as mudanças no programa serão gradualmente realizadas nos próximos dois anos.

“Nós estamos mudando o Perse para 2024, volta a se pagar tributos. Os outros voltam em 2025”, explicou durante a entrevista coletiva. “Uma renúncia total de R$ 100 bilhões com Perse não teria justificativa”, acrescentou.

De acordo com Haddad, o programa de socorro foi prorrogado por cinco anos com um compromisso de R$ 4 bilhões ao ano de renúncia fiscal. Ele ainda pontuou que somente em 2023 as renúncias fiscais advindas do programa somaram R$ 16 bilhões.

Segundo o ministro, a Receita Federal já havia feito um alerta de que a renúncia fiscal poderia ficar acima de R$ 20 bilhões. “O pacote de R$ 20 bilhões de renúncia por cinco anos será compensado em dois anos, se esgotando em 2024”, pontuou.

O chefe da Fazenda disse ter segurança que a mudança proposta para o Perse será bem compreendida pelo Congresso Nacional.