Economia

Procuradoria coordena ação por abastecimento na região de Marília (SP)

Procuradoria coordena ação por abastecimento na região de Marília (SP) Procuradoria coordena ação por abastecimento na região de Marília (SP) Procuradoria coordena ação por abastecimento na região de Marília (SP) Procuradoria coordena ação por abastecimento na região de Marília (SP)

O Ministério Público Federal informou que articulou nesta segunda-feira, 28, um esquema para localização, escolta e formação de comboios de caminhões tanque que estavam impedidos de levar carga para 41 municípios que integram as subseções judiciárias de Marília, Tupã e Lins.

Os procuradores da República Diego Fajardo Maranha Leão de Souza, Jefferson Aparecido Dias e Manoel de Souza Mendes Júnior reuniram-se ao longo do dia para apurar a questão da crise de abastecimento de combustíveis causada pela greve dos caminhoneiros, em especial para acompanhar as consequências do entrave nos transportes nas áreas de saúde e segurança pública.

“Após levantamento de informações, constatou-se que grande parte dos caminhões-tanque que serviriam para atender os municípios de Marília e região não estavam conseguindo acessar as bases distribuidoras de combustíveis da região em razão de constrangimentos e ameaças endereçadas aos caminhoneiros por parte de alguns líderes grevistas”, informou a Procuradoria em nota.

Os procuradores e o procurador da República Antonio Manvailer, da Procuradoria da República em Ourinhos, acionaram a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal, a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Estadual, para articular uma operação emergencial. O objetivo era abastecer um lote inicial de caminhões-tanque e escoltá-los para Marília, visando prioritariamente à normalização do transporte público e ao abastecimento de veículos oficiais das áreas de segurança pública e saúde.

“A prioridade nesse momento de crise será o reabastecimento dos carros oficiais, como ambulâncias e viaturas policiais, que terão um posto de combustíveis reservado exclusivamente para atendê-los. Havendo excedente de combustível disponível, a venda será liberada também para o consumidor, limitada a 25 litros por veículo, vedada a utilização de galões, conforme compromisso assumido pelo sindicato dos postos de combustíveis” diz a nota.

Segundo o MPF em Marília, o esquema de comboios e escolta se repetirá diariamente até a situação se normalizar.

A Procuradoria solicitou ainda que as polícias também priorizem a segurança e a liberação de cargas contendo remédios e insumos médico-hospitalares e outros itens de primeira necessidade para serviços e emergências em saúde.

Sequestro

O Ministério Público Federal relatou que recebeu a informação de que um caminhão tanque de um posto de combustíveis de Marília havia sido “sequestrado” pelos líderes do movimento grevista ao tentar reabastecer na base distribuidora de Ourinhos. O motorista teria sido obrigado a conduzir o caminhão ao ponto de concentração do movimento sob ameaças.

Uma das missões das forças policiais que foram ao município era, inclusive, tentar localizar e liberar este caminhão. Todavia, essa intervenção não se mostrou necessária, pois a própria empresa conseguiu a liberação do caminhão no final da tarde, após negociação com os líderes do movimento.

Reunião

A Procuradoria em Marília estruturou um “gabinete de crise” para acompanhar os problemas de abastecimento decorrentes da greve no setor de transportes. Nesta terça-feira, na sede da Procuradoria, haverá reunião entre diversos órgãos de segurança pública e do setor de abastecimento para acompanhamento da situação e planejamento de novas medidas para minimizar o impacto da greve na população de Marília e região.