Um veículo moderno, explica a Anfavea, usa, em média, entre mil e 3 mil chips. Foto: Clayton de Souza/AE
Um veículo moderno, explica a Anfavea, usa, em média, entre mil e 3 mil chips. Foto: Clayton de Souza/AE

Anfavea, entidade que representa as montadoras, diz estar “atenta e preocupada” com o risco de falta de semicondutores à produção de automóveis, que pode afetar as fábricas em questão de semanas.

A entidade observa que a nova crise remete ao cenário vivido na pandemia, quando montadoras tiveram que parar a produção por falta de componentes eletrônicos.

“A Anfavea está atenta e preocupada com o risco de paralisação da produção de veículos no País devido à escassez crítica de semicondutores, que pode afetar operações fabris em questão de semanas.” Diz a associação em nota.

Segundo a entidade, a nova crise dos chips se deve a disputas geopolíticas intensificadas neste mês, depois que o governo holandês assumiu o controle da fabricante Nexperia, uma gigante de semicondutores subsidiária de um grupo chinês.

Em resposta, a China impôs restrições à exportação de componentes eletrônicos. O que já afeta a produção em algumas fábricas automotivas na Europa e arrisca parar montadoras no Brasil.

Um veículo moderno, explica a Anfavea, usa, em média, entre 1 mil e 3 mil chips. Sem esses componentes, dessa forma, as montadoras não conseguem manter a linha de produção em andamento, aponta a entidade.

Ela diz, aliás, já ter alertado o governo federal sobre a necessidade de medidas rápidas e decisivas para evitar o desabastecimento de semicondutores.

“Com 1,3 milhão de empregos em jogo em toda a cadeia automotiva, é fundamental que se busque uma solução em um momento já desafiador. Que está marcado por altos juros e desaquecimento da demanda. A urgência é evidente, e a mobilização se faz necessária para evitar um colapso na indústria”, ressalta o presidente da Anfavea, Igor Calvet.