Economia

Programa de renovação de frota deve sair até 1º semestre de 2017, diz ministro

Programa de renovação de frota deve sair até 1º semestre de 2017, diz ministro Programa de renovação de frota deve sair até 1º semestre de 2017, diz ministro Programa de renovação de frota deve sair até 1º semestre de 2017, diz ministro Programa de renovação de frota deve sair até 1º semestre de 2017, diz ministro

São Paulo – Um dos principais pedidos do setor automotivo junto ao governo federal, o programa de renovação de frota deve sair do papel no máximo até o fim do primeiro semestre de 2017, afirmou nesta quinta-feira, 10, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Marcos Pereira, em visita ao Salão Internacional do Automóvel de São Paulo.

A medida, que receberá o nome de Programa de Sustentabilidade Veicular, tem o objetivo de fazer com que os brasileiros troquem veículos antigos por novos, mais seguros e menos poluentes. A meta é que, quando estiver em vigor, ocorra a substituição de algo entre 800 mil e 1 milhão de veículos por ano, o que acabaria aquecendo o mercado brasileiro, que desde 2013 acumula consecutivas quedas nas vendas. O ano de 2016 deve terminar com a venda de cerca de 2 milhões de unidades, queda de 19% ante 2015, segundo a Anfavea.

No início, disse o ministro, a medida deve facilitar a troca de veículos (automóveis, caminhões e motos) com mais de 30 anos de uso. Em fases seguintes o tempo de uso mínimo para participar do programa seria reduzido para 25 anos, 20 anos e assim sucessivamente. Ainda existem dúvidas, no entanto, quanto ao funcionamento e à origem dos recursos para financiar o programa.

“(O funcionamento) ainda está em estudo. Existem algumas ideias, apresentadas pela coalizão empresarial (entidades do setor automotivo), mas também existe uma discussão com técnicos do ministério”, afirmou o ministro, que se recusou a detalhar as ideias discutidas “para não frustrar o projeto” e não gerar especulações.

O ministro disse também que o programa deve ser apresentado ao presidente Michel Temer até o fim deste ano, mas que ainda não sabe se o programa será colocado em prática por meio de uma medida provisória ou de um projeto de lei. “Mas, a princípio, penso que seja melhor por medida provisória”, afirmou.

Trump

Pereira avaliou que as sólidas instituições norte-americanas, aliadas a organismos internacionais, devem frear qualquer desequilíbrio que poderia ser causado por medidas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. “Em países verdadeiramente democráticos, o presidente pode muita coisa, mas não pode tudo”, disse o ministro.

Apesar disso, Pereira acredita que é preciso esperar. “Eu quero crer que o discurso da prática será diferente do discurso da campanha”, afirmou, após ser questionado sobre qual seria o impacto do novo governo norte-americano nas exportações brasileiras para os EUA, já que Trump mostrou um perfil protecionista durante a campanha. “Também temos de aguardar para saber como será a composição do secretariado”, acrescentou.