Economia

Programas de auxílio acabam gerando ruídos sobre dívida bruta, diz Campos Neto

Programas de auxílio acabam gerando ruídos sobre dívida bruta, diz Campos Neto Programas de auxílio acabam gerando ruídos sobre dívida bruta, diz Campos Neto Programas de auxílio acabam gerando ruídos sobre dívida bruta, diz Campos Neto Programas de auxílio acabam gerando ruídos sobre dívida bruta, diz Campos Neto

Ao observar que países com fundamentos mais frágeis precisam subir mais rápido suas taxas de juros, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, lembrou nesta quinta-feira que a dívida pública segue elevada no Brasil, ao mesmo tempo em que “ruídos” relacionados à ampliação de programas sociais causam preocupação sobre o quadro fiscal.

“Os programas de auxílio acabam gerando ruídos sobre como afetarão a dívida bruta”, comentou Campos Neto durante participação em webinar da UBS BB.

Em meio ao debate sobre como a inflação global vai contaminar mercados emergentes, além do aumento dos preços de imóveis no mundo, Campos Neto ressaltou que o BC está observando com atenção ao núcleo dos serviços, que pressiona a inflação com a reabertura do setor à medida que a imunização avança.

Embora tenha lembrado do entrave na distribuição de vacinas, Campos Neto voltou a dizer durante o evento que não há preocupação sobre a disponibilidade de vacinas, mas sim sobre o comparecimento das pessoas a postos de vacinação.

Depois de dizer, com base em pesquisas, que a maioria dos economistas calcula em 3% a taxa de juros neutra, em termos reais, da economia – com alguns na faixa de 3% a 3,5% -, o presidente do BC preferiu não abrir a taxa neutra considerada na política monetária. Ainda que tenha deixado de ser um teto à elevação da Selic, a taxa neutra é uma referência dos economistas nas previsões sobre a extensão do ciclo de aperto monetário.

Campos Neto considerou ainda que divergências em relação ao tamanho da ociosidade da economia – o hiato do produto – podem explicar por que o mercado trabalha com expectativa de inflação para 2022 superior à da autarquia federal.

“Nos perguntamos bastante por que as expectativas de inflação para 2022 estão mais elevadas”, disse o presidente do BC. “De qualquer forma, faremos tudo o que for necessário para colocar a inflação na meta”, reiterou.