Economia

Projeto de autonomia do BC depende de Maia acertar parte política, diz Maldaner

Projeto de autonomia do BC depende de Maia acertar parte política, diz Maldaner Projeto de autonomia do BC depende de Maia acertar parte política, diz Maldaner Projeto de autonomia do BC depende de Maia acertar parte política, diz Maldaner Projeto de autonomia do BC depende de Maia acertar parte política, diz Maldaner

O deputado federal Celso Maldaner (MDB-SC) afirmou nesta terça-feira, 6, ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que apresentou no período da manhã ao presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, seu relatório sobre o projeto de autonomia do BC, que tramita na Câmara. Segundo ele, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai verificar na próxima reunião de líderes se há espaço para a proposta ser colocada em votação.

“Meu relatório está pronto e agora só depende do presidente Rodrigo Maia acertar a parte política”, afirmou Maldaner. “Ele deve levar na reunião de líderes para ver se temos clima e se temos voto, para votar”, acrescentou.

Uma reunião de líderes estava marcada para esta terça, mas foi cancelada. Nova reunião foi convocada para as 11 horas da quarta-feira, dia 7, no gabinete da presidência da Câmara.

De acordo com Maldaner, o governo atual está de acordo com o relatório e a equipe de transição do governo Bolsonaro também tem acompanhado a questão. “Estamos falando com a pessoa responsável da transição, que cuida deste setor. A coisa está encaminhada, está bem encaminhada, só precisa acertar politicamente para ver se vai ter voto no plenário”, disse.

De acordo com Maldaner, o representante da equipe de transição tem sido o economista Abraham Weintraub – um dos 27 nomes que estão colaborando na formulação de políticas para o governo Bolsonaro.

Como informou o Broadcast em 26 de outubro, o Banco Central e o governo vinham se movimentando, antes mesmo do segundo turno da eleição, para emplacar ainda este ano o projeto de lei de autonomia do BC. Há anos a autonomia operacional, administrativa e orçamentária é uma das bandeiras da autarquia, fazendo parte da Agenda BC+, de ações de curto, médio e longo prazo perseguidas pela instituição.

A visão é de que essa autonomia vai garantir a independência de fato do BC na tomada de decisões. Porém, como o tema é polêmico, os governos sempre encontraram dificuldades para emplacar a proposta no Congresso. No programa de governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, existe a defesa da independência do BC.

O formato final da proposta ainda não é de conhecimento público, mas fontes ouvidas pela reportagem durante o processo de formulação do relatório de Maldaner afirmaram que ele está em conformidade com o que espera o BC.

Uma das principais mudanças diz respeito ao estabelecimento de mandatos fixos para o presidente e os diretores do Banco Central, em sintonia com o que é verificado em outros países. Atualmente, não há mandatos fixos.