Economia

Quatro dos nove grupos do IPCA desaceleraram em abril, diz IBGE

Quatro dos nove grupos do IPCA desaceleraram em abril, diz IBGE Quatro dos nove grupos do IPCA desaceleraram em abril, diz IBGE Quatro dos nove grupos do IPCA desaceleraram em abril, diz IBGE Quatro dos nove grupos do IPCA desaceleraram em abril, diz IBGE

Rio – Apesar de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter perdido força na passagem de março para abril, a minoria dos grupos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acompanhou esse movimento. Ao todo, quatro dos nove grupos tiveram taxas menores na composição da alta de 0,71% no IPCA.

O alívio veio dos índices de Habitação (5,29% para 0,93%), diante da menor alta da energia elétrica, de Alimentação e Bebidas (1,17% para 0,97%), de Transportes (0,46% para 0,11%) e de Educação (0,75% para 0,21%).

No sentido contrário, cinco grupos pressionaram mais o índice. Em Vestuário (0,59% para 0,91%), a alta foi determinada pelas roupas masculinas, cujos preços aumentaram 1,39%, seguidas das femininas (0,93%) e dos calçados (0,89%).

O item empregado doméstico, com 1,14%, foi destaque no grupo das Despesas Pessoais (0,36% para 0,51%), enquanto os eletrodomésticos (0,79%) se sobressaíram nos Artigos de Residência (0,35% para 0,66%).

Também ganharam força Comunicação (-1,16% para 0,31%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,36% para 0,51%).

O IBGE anunciou nesta sexta-feira, 08, que a inflação medida pelo IPCA ficou em 0,71% em abril, ante 1,32% em março. Com o resultado, o IPCA acumula altas de 4,56% no ano e de 8,17% em 12 meses.

Trégua

De acordo com a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, a desaceleração da inflação em abril não é uma trégua propriamente dita ao bolso dos consumidores. Além disso, os aumentos expressivos já ocorridos na energia elétrica nos últimos 12 meses (59,93%) acabam interferindo nos preços de outros itens na economia.

“De jeito nenhum é uma inflação baixa”, afirmou Eulina sobre a alta de 0,71% no mês passado. A coordenadora lembrou, porém, que a inflação se manteve acima de 1%, pressionada pela energia, pelos combustíveis e pelas tarifas de ônibus urbano.

“Esses itens, principalmente energia e combustíveis, disseminam aumentos”, explicou Eulina. Segundo ela, produtores de tomate têm atribuído altas no produto ao aumento com o custo de energia. Só no IPCA de abril, o tomate ficou 17,90% mais caro, também por conta da seca e do aumento em taxas de água e esgoto.

“Esse é um conjunto de fatores que está aparecendo nesse índice agora”, afirmou Eulina.