Economia

Realização de lucros pressiona dólar de forma limitada por risco fiscal

Realização de lucros pressiona dólar de forma limitada por risco fiscal Realização de lucros pressiona dólar de forma limitada por risco fiscal Realização de lucros pressiona dólar de forma limitada por risco fiscal Realização de lucros pressiona dólar de forma limitada por risco fiscal

O dólar abriu em alta nesta sexta-feira, 22, alinhado ao sinal predominante no exterior, mas passou a cair no mercado à vista, com uma realização de lucros. Ontem, o dólar à vista fechou a R$ 5,8115 – maior valor desde o dia 1º deste mês (R$ 5,8694), quando registrou o pico histórico (R$ 5,8694).

O recuo no câmbio nesta sexta é limitado pelo dólar forte no exterior e preocupações com o cenário fiscal, uma vez que o anúncio do pacote de aperto fiscal ficou para a próxima semana, na segunda ou terça-feira, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Investidores aguardam hoje a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas, que deve trazer bloqueio “na casa dos R$ 5 bilhões” no Orçamento de 2024, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O bloqueio nas despesas é realizado para cumprir o limite de despesas do arcabouço fiscal.

Em relação às medidas de contenção de despesas, Haddad não confirmou se o impacto seria em torno de R$ 70 bilhões, mas garantiu que será suficiente para “reforçar o arcabouço fiscal”. Ele também confirmou que as iniciativas acertadas com a Defesa devem render uma economia anual de em torno de R$ 2 bilhões, conforme antecipou o Estadão/Broadcast.

No radar fica também o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, que participa da 97ª Reunião Trimestral com Economistas, no Rio de Janeiro, às 9h30 e 11h.

O IBGE informou que a taxa de desemprego caiu de forma significativa em 7 de 27 unidades da federação no terceiro trimestre deste ano.

No exterior, o dólar avança ante os principais pares globais e moedas emergentes. O euro recua e, mais cedo, atingiu o menor nível desde dezembro de 2022, a US$ 1,0331, após PMIs fracos da zona do euro.

Segundo analistas, a divisa dos Estados Unidos é apoiada também pela cautela global em meio à escalada das hostilidades na guerra da Ucrânia e a composição do governo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que tem ajudado a sustentar o dólar, sob expectativa de políticas inflacionárias e de mudança no rumo da política monetária.

Na agenda dos EUA, saem a prévia do índice de gerentes de compras (PMI) de novembro pela S&P Global (11h45) e a pesquisa da Universidade de Michigan sobre as expectativas de inflação e o sentimento do consumidor dos Estados Unidos (12h).

Às 9h42, o dólar à vista caía 0,29%, a R$ 5,7948. O dólar futuro para dezembro recuava 0,39%, a R$ 5,7995. No exterior, o índice DXY do dólar subia 0,55%, a 107,56 pontos. A divisa americana ganhava ante peso mexicano, peso chileno, rublo e lira turca, mas caía ante o rand sul africano. O juro da T-Note 10 anos estava a 4,330%, de 4,347% no fim da tarde anterior.