Economia

Recuo da produtividade do trabalho ainda não foi interrompido no Brasil, diz BC

Recuo da produtividade do trabalho ainda não foi interrompido no Brasil, diz BC Recuo da produtividade do trabalho ainda não foi interrompido no Brasil, diz BC Recuo da produtividade do trabalho ainda não foi interrompido no Brasil, diz BC Recuo da produtividade do trabalho ainda não foi interrompido no Brasil, diz BC

O Banco Central publicou nesta quinta-feira, 20, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), um boxe que trata da evolução da produtividade e do rendimento do trabalho no País. De acordo com a instituição, o recuo da produtividade, iniciado em meados de 2013, “não foi interrompido em período recente, a despeito da gradual recuperação da atividade econômica”.

Em função disso, conforme o BC, permanece “o espaço para ganhos de produtividade, de característica pró-cíclica, em cenário de continuidade da recuperação da atividade econômica”.

No boxe, o BC defende que, “em alguma medida, a recuperação de produtividade já teve início no âmbito das famílias e firmas, mas a consolidação do processo de crescimento da produtividade, em termos agregados, segue dependente da interrupção ou mesmo de reversão da tendência recente de aumento da participação de trabalhadores em setores institucionais/atividades menos produtivos”.

Escolaridade

Em um segundo boxe, específico sobre o rendimento do trabalho, o BC ponderou que a variação acumulada do rendimento médio, entre o primeiro trimestre de 2012 e o terceiro trimestre de 2018, “foi favorecida pelo efeito composição resultante da elevação do nível médio de escolaridade da população ocupada”.

Conforme o BC, “essa melhora qualitativa do grau de instrução pode contribuir ainda para um eventual aumento de produtividade em cenário de retomada da atividade econômica”.

Saldo de crédito

O Banco Central divulgou nesta quinta-feira, pela primeira vez, no RTI, suas projeções para o mercado de crédito em 2019. A estimativa para o saldo de crédito no próximo ano é de alta de 6,0%.

A projeção para o saldo de crédito para pessoas físicas é de elevação de 7,0%. No caso das pessoas jurídicas, a variação esperada é positiva em 5,0%.

De acordo com o BC, a estimativa para o saldo de crédito livre – aquele que não utiliza recursos da poupança e do BNDES – em 2019 é de alta de 10,5%. Já a projeção para o crédito direcionado (poupança e BNDES) é de elevação de 1,0%.

Essas perspectivas em relação a 2019 sugerem um cenário mais favorável que o de 2018 para o mercado de crédito.

No RTI desta quinta, o BC não atualizou suas projeções para 2018. No documento de setembro, a expectativa era de alta de 4,0% para o saldo total de crédito este ano.