Economia

Recuo no PIB em janeiro não interrompe trajetória de recuperação, diz FGV

Recuo no PIB em janeiro não interrompe trajetória de recuperação, diz FGV Recuo no PIB em janeiro não interrompe trajetória de recuperação, diz FGV Recuo no PIB em janeiro não interrompe trajetória de recuperação, diz FGV Recuo no PIB em janeiro não interrompe trajetória de recuperação, diz FGV

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,3% na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018, mas não interrompeu a trajetória de recuperação, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), que divulgou nesta quarta-feira, 21, os dados do Monitor do PIB.

“Os sinais continuam todos positivos. Não houve interrupção na trajetória de recuperação”, afirmou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB. “Não é razoável revisar para baixo as estimativas para o PIB por causa desse resultado de janeiro. Essa série com ajuste sazonal (mês contra mês imediatamente anterior) é um eletrocardiograma. A série trimestral é mais estável”, lembrou.

Segundo o Monitor do PIB, a atividade econômica ainda apontou crescimento em janeiro em todas as demais comparações. Em relação a janeiro de 2017, a alta foi de 2,8%. O indicador antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

No trimestre móvel encerrado em janeiro, o crescimento ficou em 0,9% ante o trimestre móvel terminado em outubro de 2017. O avanço foi disseminado entre os componentes do PIB pelo lado da oferta, exceto pelas atividades extrativas, serviços de informação e intermediação financeira. Pela ótica da demanda, a única queda ocorreu nas exportações.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 2,2% no trimestre móvel encerrado em janeiro. Os destaques foram os desempenhos da agropecuária (8,2%), indústria de transformação (6,1%), comércio (4,6%) e transporte (2,9%). Os impostos também contribuíram positivamente no trimestre, com avanço de 3,3%.

O consumo das famílias apresentou crescimento de 2,7% no trimestre móvel terminado em janeiro, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) teve elevação de 4,4% no período, puxada pelo componente máquinas e equipamentos, que cresceu 15,5%, enquanto o componente construção apresentou retração de 1,6%. As exportações apresentaram crescimento de 1,9% no trimestre móvel até janeiro, e as importações subiram 7,6%.

“Não vejo razão para nenhum alarme. Vamos continuar, por enquanto, com esse crescimento em torno de 3% esperado para o ano”, completou Considera.

Em termos monetários, o PIB totalizou aproximadamente R$ 546,9 bilhões em valores correntes em janeiro. A taxa de investimento, a preços constantes, foi de 17,7% em janeiro de 2018.