Economia

Reforma não pode ser 'fit', diz dirigente de associação do agronegócio

Reforma não pode ser ‘fit’, diz dirigente de associação do agronegócio Reforma não pode ser ‘fit’, diz dirigente de associação do agronegócio Reforma não pode ser ‘fit’, diz dirigente de associação do agronegócio Reforma não pode ser ‘fit’, diz dirigente de associação do agronegócio

O diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Cornacchioni, diz que o setor espera uma reforma da Previdência “parruda”, com uma economia próxima de R$ 1 trilhão. “Não pode ser uma reforma ‘fit’ (desidratada). Tem de ser uma reforma parruda, que economize R$ 1 trilhão, R$ 900 bilhões”, afirmou ele ao jornal O Estado de S. Paulo e ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), no dia de abertura da Agrishow, a principal feira do agronegócio brasileiro, em Ribeirão Preto (SP). “Isso é uma agenda de País, nem agenda do agro. Eu não considero nem a possibilidade de não fazermos essa reforma”.

Para ele, a reforma da Previdência traria o necessário crescimento do País e sinalizaria para o exterior que existe estabilidade para atração de investimentos. “O Brasil é um país que não tem crescido nos últimos anos. E eu acho que nós podemos mais, né?.”

Ele cita também a necessidade de uma modernização do sistema tributário para o Brasil ter mais segurança jurídica e competitividade.

Sustentabilidade

A sustentabilidade e a infraestrutura também são lembradas por Cornacchioni como prioritárias. Na logística, diz que “preocupa” a dependência de apenas um modal, o rodoviário, e no âmbito da sustentabilidade, afirma que o assunto ganha cada vez mais importância nas reuniões de negócios ao redor do mundo. “Sem sustentabilidade o agronegócio vai morrer na praia. É essa a exigência do mercado hoje e essas demandas estão cada vez maiores. Estamos sendo cobrados por isso.”

Cornacchioni salienta, ainda, a necessidade de parcerias estratégicas para ampliação do comércio internacional, na semana em que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, inicia uma missão de trabalho para países asiáticos. “Além de abrir novos mercados, é muito importante manter os parceiros que já temos e compram do Brasil há muito tempo.”