Economia

Reforma trabalhista ajuda Previdência, diz Eurásia

Reforma trabalhista ajuda Previdência, diz Eurásia Reforma trabalhista ajuda Previdência, diz Eurásia Reforma trabalhista ajuda Previdência, diz Eurásia Reforma trabalhista ajuda Previdência, diz Eurásia

São Paulo – A aprovação da reforma trabalhista é uma boa indicação para a perspectiva de aprovação pelo Congresso da reforma da Previdência, aponta o Eurasia Group. Na avaliação da instituição, ocorreu uma forte demonstração de força política do Poder Executivo. O Eurasia projetava uma aprovação da proposta na Câmara por um total entre 260 e 280 votos – o governo conseguiu a vitória com 296 votos contra 177.

“Enquanto o número necessário para aprovar a reforma da Previdência é maior (308 votos), a votação relativa à reforma trabalhista ajudará o governo a identificar resistências dentro de sua base”, apontaram João Augusto de Castro Neves, Chirtopher Garman e Filipe Gruppelli Carvalho.

Na avaliação do Eurasia, as concessões deverão reduzir entre 5 e 10 pontos porcentuais os atuais 75% de benefício fiscal para 10 anos que o governo estima com a versão da reforma da Previdência do relator Arthur Maia (PPS-BA) ante a proposta original do Executivo.

Simbolismo

O placar da votação da reforma trabalhista foi bom mas não significa que vai ser fácil para o governo a votação da reforma da Previdência, disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. “Teve barulho, bate-bumbo daqui e dali e no fim a reforma trabalhista saiu.”

Para ela, há muito simbolismo contra a reforma da Previdência, mas é uma mudança que precisa ser feita. “Acho que a oposição pode até, politicamente, não querer admitir que precisa fazer, mas é consenso de que o sistema precisa ser reformado.”

O economista do Banco Pine Marco Caruso afirma que o governo tem os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, mas a margem é pequena. Com base em estudo do banco, em oito votações econômicas recentes na Casa, incluindo a da reforma trabalhista, Caruso calcula que a “base líquida” (quem efetivamente vota com o governo) é de 76%.

Essa proporção é próxima, diz, de 66%, que é a necessária para a reforma da Previdência passar. O estudo indica uma média de 315 votos a favor do governo. São necessários 308 votos para a reforma da Previdência ser aprovada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.