Economia

Região da Bacia de Campos fechou 50 mil vagas de trabalho em cinco anos

Os efeitos no mercado são mais sentidos também em Macaé, onde funciona a sede administrativa da Petrobrás

Região da Bacia de Campos fechou 50 mil vagas de trabalho em cinco anos Região da Bacia de Campos fechou 50 mil vagas de trabalho em cinco anos Região da Bacia de Campos fechou 50 mil vagas de trabalho em cinco anos Região da Bacia de Campos fechou 50 mil vagas de trabalho em cinco anos
Foto: Reprodução

A contração da produção da Bacia de Campos custou 50 mil postos de trabalho, nos últimos cinco anos, a dois municípios do Norte fluminense, Campos dos Goytacazes e Macaé. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e fazem parte de pesquisa de Iderley Colombini, professor do Instituto de Economia da UFRJ.

Os efeitos no mercado de trabalho são mais sentidos em Macaé, onde funciona a sede administrativa da Petrobrás e também estão instaladas dezenas de empresas fornecedoras de bens e serviços à estatal. A cidade responde por 80% do saldo entre admissões e dispensas desde 2015.

Uma peculiaridade, no entanto, aconteceu no mercado de trabalho em Macaé, no ano passado. Após cinco anos de perdas, o número de pessoas que conseguiram um emprego superou o de demissões – mas esse efeito não veio da indústria do petróleo.

O respiro ocorreu no segmento de serviços de engenharia e arquitetura, que inclui trabalhos como os de assessoria técnica de engenharia.

Ao mesmo tempo em que foram fechados 358 postos de trabalho em atividades diretas e apoio à extração de petróleo no ano passado, foram criados 1,4 mil em serviços de engenharia e arquitetura. Ainda assim, o total de salários pagos para manter as plataformas funcionando, R$ 21,5 milhões, superou o do segmento em expansão, R$ 13,7 milhões.

“A situação só tem piorado para os petroleiros. A cada ano são condições piores de trabalho e salários menores para os terceirizados”, afirma o presidente do Sindicato dos Petroleiros no Norte Fluminense, Tezeu Bezerra.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.