Economia

Revisão da meta de 2017 já levou em conta frustração de receitas, diz Dyogo

Revisão da meta de 2017 já levou em conta frustração de receitas, diz Dyogo Revisão da meta de 2017 já levou em conta frustração de receitas, diz Dyogo Revisão da meta de 2017 já levou em conta frustração de receitas, diz Dyogo Revisão da meta de 2017 já levou em conta frustração de receitas, diz Dyogo

Brasília, 24 – O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, argumentou que a revisão da meta fiscal deste ano, para um rombo de R$ 159 bilhões, já leva em conta frustrações em iniciativas desenhadas pelo governo para reforçar o caixa. Entre essas medidas cujos desempenhos decepcionaram estão a repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior, a reoneração da folha de pagamento das empresas e o Refis (parcelamento de débitos tributários).

Até agora, a arrecadação com o Refis está abaixo dos R$ 2 bilhões, disse o ministro. A avaliação do governo é de que as mudanças no texto feitas pelo relator, deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), colocaram as adesões em compasso de espera para ver se os descontos maiores serão de fato mantidos. O governo, por sua vez, trabalha para reverter grande parte das alterações para preservar a expectativa de arrecadação, que era de R$ 13 bilhões, em pelo menos R$ 10 bilhões.

“Receitas previstas não performaram, como repatriação e Refis. Na revisão da meta, já tiramos o que não deve performar”, afirmou o ministro em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, na noite desta quinta-feira, 24.

Oliveira ressaltou ainda que o esforço fiscal do governo é permanente, mas ponderou que a queda da inflação, embora seja boa notícia, afetou as receitas. Diante disso, a área econômica lançou mão de um conjunto de medidas para o controle de despesas. “Propomos a reestruturação das carreiras do Executivo, o que teria um impacto de longo prazo”, afirmou.

Nos cálculos do governo, a reestruturação das carreiras pode trazer uma economia de R$ 70 bilhões em dez anos. A ideia é limitar o salário inicial de servidores a R$ 5 mil mensais e elevar o número de “degraus” a serem percorridos pelo funcionário público até ele atingir o topo da carreira. Hoje, essa progressão ocorre muito rapidamente, e a diferença entre os salários inicial e final são bem menores, o que desestimula o aprimoramento do servidor.