Economia

Ritmo de atividades de setores da economia caem por coronavírus

O turismo também foi afetado com os cancelamentos de viagens, hospedagens e eventos

Ritmo de atividades de setores da economia caem por coronavírus Ritmo de atividades de setores da economia caem por coronavírus Ritmo de atividades de setores da economia caem por coronavírus Ritmo de atividades de setores da economia caem por coronavírus
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O avanço da pandemia de coronavírus afetou o ritmo de produção de alguns setores da economia brasileira.

Os segmentos de produção mais atingidos até o momento são aqueles dependentes de peças e insumos do exterior, de acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

O turismo também foi afetado com os cancelamentos de viagens, hospedagens e eventos, segundo a confederação, que diz estar atenta aos desdobramentos e aos impactos que a pandemia pode provocar.

Roberto Dumas, professor de economia internacional do Insper, classifica os acontecimentos atuais como uma “tempestade perfeita” para barrar o ciclo de crescimento econômico nacional, com a pandemia devastando alguns dos principais parceiros comerciais do Brasil.

“A maior parte da nossa exportação vai para a China, que vai crescer menos. Em sequência, os maiores compradores são os países da União Europeia, que já sofrem com a pandemia. Itália vai entrar em recessão, França vai entrar em recessão e a Alemanha vai entrar em recessão”, avalia Dumas.

O setor de serviços responsável por dois terços da economia nacional “é o que mais tende a apanhar” com a disseminação do coronavírus, prevê Dumas. “Esse motor de crescimento do Brasil vai desligar”, lamenta o professor ao estimar um crescimento de, no máximo, 1% neste ano.

A CNC também manifesta a confiança de que os problemas serão superados, com a necessária mobilização coordenada do governo, empresários e da sociedade para as ações preventivas e reativas.

Comércio

No segmento do comércio, a associação que representa os supermercados de São Paulo afirma que as redes estão com os estoques normalizados e o abastecimento de produtos acontece com fluxo normal.

“Há uma maior procura por itens de prevenção, como álcool em gel, porém toda a cadeia de abastecimento vem trabalhando para que os itens não faltem nas prateleiras e, além disso, se mantenha um equilíbrio de preço nos pontos de vendas”, relata a Apas (Associação Paulista de Supermercados).

Nesta segunda semana de abril, o faturamento das vendas do comércio saltou 0,7% em comparação com período semelhante do ano passado, de acordo com um levantamento da Cielo.

No período, os destaques ficaram por conta dos supermercados (+18,6%) e das farmácias e drogarias (+12,6%). Por outro lado, o faturamento das atividades ligadas ao transporte e turismo despencou 28,5%.

Com informações do Portal R7