Economia

Roupa nova ou um tijolo? Pandemia muda o perfil dos consumidores brasileiros

Os segmentos de material de construção, móveis e eletrodomésticos e outros artigos de uso pessoal e para casa registraram aumento nas vendas nos últimos meses

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Foto: Divulgação

A pandemia mudou os objetos de desejo das famílias brasileiras durante o isolamento: em vez de roupas novas, tijolos. A mudança brusca no perfil de consumo se reflete sobre os preços. Só em setembro, o tijolo subiu 4,67%. Ao mesmo tempo, as roupas femininas ficaram 5,37% mais baratas.

“A classe média juntou um dinheirinho na crise. A comida ficou mais cara, mas economizaram com outras coisas. Deixaram de gastar com combustível, cinema, hotel, passagem aérea. Daí gastaram com artigos para a residência”, lembrou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Os novos hábitos de consumo fizeram o volume vendido pelo comércio varejista brasileiro alcançar patamar recorde em agosto nos segmentos de material de construção, móveis e eletrodomésticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico, mostrou a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE.

Consumo domiciliar

“Como o dia a dia das pessoas foi transformado, com menos deslocamentos, mais tempo em casa, tudo o que está associado ao consumo domiciliar tende a ser mais vendido. Como essa mudança de consumo foi muito abrupta, isso acaba transbordando para um efeito sobre os preços”, explicou o economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Os tijolos já ficaram 22,32% mais caros nos primeiros nove meses do ano. O cimento aumentou 13,19%. Roupas de cama, mesa e banho subiram 5,11% de janeiro a setembro. Computadores estão 20,58% mais caros, videogames aumentaram 13,69%, e os aparelhos de TV, 12,90%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros

Produtor web

Gabriel Barros é jornalista formado pelo Centro Universitário Faesa e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2018 no jornalismo capixaba. Em 2020, passou a integrar a equipe do jornal online Folha Vitória, em coberturas sobre o cotidiano das cidades do Estado, política e cultura.

Gabriel Barros é jornalista formado pelo Centro Universitário Faesa e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2018 no jornalismo capixaba. Em 2020, passou a integrar a equipe do jornal online Folha Vitória, em coberturas sobre o cotidiano das cidades do Estado, política e cultura.