Economia

Se realmente houver guerra comercial, temos mais munição, diz Ross

Se realmente houver guerra comercial, temos mais munição, diz Ross Se realmente houver guerra comercial, temos mais munição, diz Ross Se realmente houver guerra comercial, temos mais munição, diz Ross Se realmente houver guerra comercial, temos mais munição, diz Ross

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, defendeu em entrevista nesta quinta-feira a estratégia do governo de Donald Trump para buscar o que considera “comércio justo” com outras nações. “Se realmente houver uma guerra comercial, temos mais munição que qualquer outro país”, afirmou Ross, durante entrevista à Bloomberg TV.

A autoridade afirmou que a China e outros países têm lançado uma série de barreiras para impedir a entrada de produtos americanos, várias segundo ele injustificadas, como o risco de doenças que não têm tido presença significativa nos EUA, como a gripe aviária. “Eles têm sido muito protecionistas”, reclamou. “Precisamos de ações para induzir mudanças nos comportamentos dos outros países”, defendeu, o que segundo ele não significa sacrificar o crescimento.

Ross foi questionado sobre a possibilidade de que o crescimento econômico americano tenha um impacto ruim por causa das tensões comerciais, com tarifas e retaliações. “Naturalmente, haverá retaliações de alguns países”, afirmou. Segundo ele, porém, era preciso uma ação de Washington: “Tornaremos mais penoso para os demais países a adoção de práticas ruins no comércio”, disse, enfatizando que os EUA desejam ser “justos e recíprocos” no comércio exterior.

O secretário afirmou que a União Europeia, por exemplo, tem impostos salvaguardas em seu mercado, para evitar o excesso de capacidade no setor de metais, o que para ele é uma consequência positiva da postura americana.

Ross mantém, de qualquer modo, uma visão otimista sobre a economia. “Encontrar trabalhadores é o principal problema agora para as empresas americanas”, disse, citando o corte em regulações e impostos e o incentivo a investimentos vindos do exterior. “Continuaremos a ver um mercado de trabalho muito forte.”

O secretário de Comércio ainda falou brevemente sobre o caso da ZTE, empresa chinesa alvo de punição nos EUA por ter desrespeitado sanções anteriores que restringiam o comércio com Irã e Coreia do Norte. Segundo ele, pode ainda haver um acordo para a retirada das restrições a negócios da companhia. “É importante modificar o comportamento da ZTE.”