Foco em sustentabilidade e acesso a mercados exigentes. Esses são os objetivos do Selo Verde, uma certificação estadual que permitirá rastrear a origem e o impacto socioambiental dos produtos agropecuários. A novidade deve facilitar o acesso a crédito rural e à exportação para países como os da União Europeia. Nesse sentido, os países adotam critérios rígidos de conformidade ambiental. O governo do Estado lançou o Selo Verde oficialmente nesta manhã de segunda (4), durante o anúncio do Plano Safra 2025/2026..
O Selo Verde é uma exigência que se torna cada vez mais geral no mundo. Com ele, vamos garantir que nossos produtos estejam aptos a acessar os mercados mais exigentes.
Renato Casagrande, governador do ES
A base para o selo é o mapeamento detalhado das propriedades capixabas, que já alcança mais de 70% do território. Isso ocorre com georreferenciamento e monitoramento por satélite. “Temos informações desde 2008 sobre uso da terra. Isso nos permite emitir o selo com segurança”, disse Casagrande.
Segundo o secretário Enio Bergoli, o selo é parte de uma estratégia que combina inovação tecnológica e sustentabilidade. “Vai conferir ao produtor um título de avaliação socioambiental”.
Selo com parceria europeia
O gestor do programa Al-Invest Verde, da União Europeia, Andrea Monaco, reforçou a importância da iniciativa no contexto global. “Com o Selo Verde, será possível demonstrar ao mundo os esforços do Espírito Santo para garantir sustentabilidade e proteção ambiental. Isso ao longo de toda a cadeia do café, cacau bem como madeira, por exemplo”.
Além da rastreabilidade, o selo também será um instrumento para facilitar o acesso ao crédito. “Estamos associando o selo às políticas de fomento e às taxas subsidiadas de financiamento. Isso é reconhecimento e incentivo ao produtor responsável”, concluiu Enio Bergoli.