Economia

Sem bônus para auditores, Receita prevê queda nas autuações em 2018

Sem bônus para auditores, Receita prevê queda nas autuações em 2018 Sem bônus para auditores, Receita prevê queda nas autuações em 2018 Sem bônus para auditores, Receita prevê queda nas autuações em 2018 Sem bônus para auditores, Receita prevê queda nas autuações em 2018

Brasília – As autuações da Receita Federal devem cair neste ano se o bônus para os auditores fiscais não for regulamentado. De acordo com o subsecretário de Fiscalização do órgão, Iágaro Martins, o valor recorde alcançado em 2017, de R$ 204,99 bilhões, se deveu, em parte, ao empenho da categoria após o projeto que reajustou o salário dos auditores ser aprovado, no fim de 2016.

Havia no texto a previsão de pagamento de um bônus variável, que ainda não foi regulamentado. Mesmo sem essa regulamentação, no entanto, os auditores estão recebendo um valor fixo de R$ 3 mil.

Para 2018, a previsão da Receita é que as autuações cheguem a R$ 148,99 bilhões, valor que já é menor do que o de 2017 porque é feito com base numa média de anos anteriores, excluindo dados atípicos. “O resultado de 2017 foi extraordinário porque havia um montante represado de 2016 e os auditores trabalharam fora da curva em função de uma expectativa em relação ao bônus”, afirmou.

Martins acrescentou que mesmo esse valor estimado não deverá ser alcançado caso o adicional não seja regulamentado. Parte dos auditores já tem feito paralisações e a categoria ameaça novas greves. “Teremos dificuldade de atingir esse resultado em 2018 permanecendo a situação que temos agora”, completou.

Em 2016, auditores e outros funcionários do fisco fizeram um dos maiores movimentos salariais da categoria, com paralisações e operações padrão por cerca de sete meses. No fim do ano, o governo editou uma medida provisória reajustando o salário dos auditores em 21,3% até 2019 e criando o bônus de eficiência, que variaria de acordo com o cumprimento da meta. Só em julho de 2017 o texto da MP virou lei, após aprovação pelo Congresso Nacional, mas falta regulamentar o bônus para que o valor seja variável.

2018

Entre os setores que estão na mira da Receita neste ano estão os de cigarro, bebidas e combustíveis, de venda direta ao contribuinte, principalmente cosméticos de porta a porta. Também estão previstas operações especiais de fiscalização, entre elas a Lava Jato, Zelotes, Ararath e Calicute, e operações para fiscalização de fundos de pensão.