O Aeroporto de Vitória deverá entrar no segundo lote de concessões do governo federal. A informação foi repassada pelo ministro da secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB) em conversa com o senador Ricardo Ferraço (PMDB), na última quarta-feira (25).
As obras do novo terminal estão orçadas em R$ 523 milhões. Em entrevista a uma rádio local, nesta quinta-feira (26), o senador explicou que o ministro aguarda a divulgação do decreto de contingenciamento do governo federal para que seja definido o volume de recursos que será disponibilizado para o início das obras.
Leia também
O decreto é resultado do ajuste fiscal proposto pela atual equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT). O senador defendeu o posicionamento do ministro por esperar a divulgação dos empenhos para só então confirmar uma possível data para a retomada das obras.
“Essa obra está orçada em R$ 523 milhões. Não há necessidade de liberar todo o recurso de uma vez só. É possível desdobrar isso em 24 ou 36 meses. Não podemos pensar na hipótese de darmos início a uma obra, e depois paralisarmos por conta do reajuste fiscal do governo federal. O posicionamento do ministro me parece bastante respeitoso e responsável. Ele não quer dar início a uma obra sem ter certeza dos recursos que terá em 2015”, afirmou.
De acordo com o senador, se aprovada, a concessão do aeroporto à iniciativa privada só deverá ocorrer no ano que vem. “O modelo de concessão não tem prazo para iniciar. Acho mais provável que isso aconteça em 2016. O que precisamos é trabalhar o início imediato das obras. Assim que o decreto sair, vamos conversar com o governo federal na tentativa de recuperar o tempo perdido”, disse.
Durante a entrevista, o senador mostrou-se favorável à concessão. “Os aeroportos sob concessão estão funcionando bem e melhor. Não vamos ficar dependentes de recursos do governo federal”.
Ferraço disse ainda que a medida não deverá afetar o processo licitatório homologado em janeiro deste ano, que credenciou a empresa do Paraná, JL Construções, para a retomada das obras. Deste modo, a JL daria inicio ao projeto, e a empresa que assumir a concessão poderá manter o contrato com a paranaense. “A JL já teria passado pelo processo licitatório. Essa relação fica mantida. Quem ganhar a concessão não precisa contratar de novo”, explicou.
As obras do Aeroporto de Vitória deveriam ser retomadas este ano, com previsão de término em 2017. No entanto, na semana passada, o governo federal afirmou não ter recursos disponíveis para o início dos trabalhos.
