Economia

Sessão da comissão que votará criação da TLP começa com 'kit obstrução'

Sessão da comissão que votará criação da TLP começa com ‘kit obstrução’ Sessão da comissão que votará criação da TLP começa com ‘kit obstrução’ Sessão da comissão que votará criação da TLP começa com ‘kit obstrução’ Sessão da comissão que votará criação da TLP começa com ‘kit obstrução’

Brasília – A reunião da comissão mista que votará a criação da nova taxa de juros que balizará os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a chamada Taxa de Longo Prazo (TLP), começou nesta tarde terça-feira, 22, já marcada pela atuação da oposição, que acionou o “kit obstrução” no primeiro minuto da sessão. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pediu a leitura de quatro atas de sessões anteriores e foi prontamente atendida pelo presidente do colegiado, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que é contrário à medida do governo.

“Não só a leitura, é preciso votá-las”, afirmou Farias ao concordar com o pedido. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), tentou protestar e pediu que a oposição “não seguisse essa linha”, mas sem sucesso.

O relatório do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) é favorável à proposta do governo – a criação da TLP é uma das medidas mais importantes e sensíveis para a equipe econômica do governo. Diante da perspectiva do governo de aprovar a proposta com folga, a oposição está determinada a dificultar ao máximo essa tarefa.

O governo, por sua vez, escalou um time de peso para representar a equipe econômica na reunião e demonstrar a importância da medida. Acompanham a sessão no local o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, o chefe da assessoria especial de Reformas Microeconômicas da Fazenda, João Manoel de Pinho Mello, e o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Tiago Berriel.

A reunião começou com 30 minutos de atraso porque a base aliada do governo demorou a conseguir colocar o quórum mínimo de deputados e senadores para o início da sessão. Lindbergh Farias só chegou ao plenário da comissão depois que o número mínimo já havia sido preenchido pelo próprio governo. O petista chegou a cancelar sessões anteriores, atrasando o cronograma de tramitação da medida, por falta de quórum. Foi acusado pela base de planejar atrapalhar a tramitação, mas respondeu que não era responsável pela “desarticulação” do governo.