Economia

Setor calçadista brasileiro fechou 24 mil vagas em 2014

Setor calçadista brasileiro fechou 24 mil vagas em 2014 Setor calçadista brasileiro fechou 24 mil vagas em 2014 Setor calçadista brasileiro fechou 24 mil vagas em 2014 Setor calçadista brasileiro fechou 24 mil vagas em 2014

São Paulo – O setor calçadista brasileiro encerrou o ano passado com 24 mil postos de trabalho a menos, informou nesta semana o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein. Segundo ele, a expectativa para 2015 é conseguir manter os atuais 155 mil postos de trabalho direto na indústria. “O ano será de ajustes necessários, mas esperamos manter essas vagas. A nossa expectativa é que, com os ajustes certos, possamos voltar a crescer em 2016”, diz.

De acordo com Klein, a principal aposta do setor este ano é crescer as vendas externas, já que o mercado interno deve sofrer com o desaquecimento econômico. “Almejamos crescer em exportações. As exportações estão no foco de todas as empresas”, afirmou. Para ele, o mercado interno deve ter, principalmente no primeiro semestre, um quadro de recessão. “Será uma façanha se conseguirmos repetir em 2015 a performance de 214 no mercado doméstico”, afirmou.

Conforme dados mais recentes do IBGE, a produção de calçados de janeiro a outubro de 2014 caiu 4,7%, enquanto o varejo do segmento encolheu 0,9%. Já as exportações, no acumulado do ano, caíram 2,6%. Em 2014, foram exportados 129,5 milhões de pares, por US$ 1,067 bilhão, cerca de US$ 30 milhões a menos do que em 2013.

Segundo Klein, a associação não costuma fazer prognósticos precisos e sim produzir estimativas baseadas “em sentimentos”. “Esperamos uma estabilidade no mercado doméstico e acreditamos que vamos crescer nas exportações. Esse é o sentimento”, disse.

Ele destacou que há uma “imposição da realidade” e que os ajustes na economia devem ser feitos para o bem do País. “Vamos enfrentar o dragão”, disse. Para Klein, o aumento na tarifa de energia é um desses impactos a ser enfrentado. “Certamente, nós teremos impactos importantes no custo da produção das empresas, de toda indústria, não é privilégio do nosso setor”, disse. “Mas são ajustes que necessariamente devem ser feitos”, reforçou.

Câmbio

O executivo disse ainda que no decorrer do ano espera um câmbio em “um patamar de realidade” que ajude a indústria calçadista. “No decorrer do ano imaginamos um câmbio em torno de R$ 2,90 a R$ 3,00”, disse. Ele ponderou, no entanto, que é preciso aguardar o impacto real dos ajustes na economia para verificar o comportamento do câmbio. “Ainda não conhecemos esses impactos”.