Economia

Setor da construção diz que PIB confirma expectativas de retomada

O crescimento do PIB da construção no terceiro trimestre frente ao segundo foi ocasionado pela manutenção dos canteiros de obras abertos durante a pandemia

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Foto: Agência Brasil

Os empresários do setor da construção reiteraram a perspectiva de recuperação das atividades após a publicação dos dados oficiais do Produto Interno Bruto (PIB) nacional do terceiro trimestre. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o PIB da construção cresceu 5,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo, enquanto o PIB nacional subiu 7,7% no mesmo período. Já na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o PIB da construção recuou 7,9% e o nacional declinou 3,9%.

O crescimento do PIB da construção no terceiro trimestre frente ao segundo foi ocasionado pela manutenção dos canteiros de obras abertos durante a pandemia e pela realização de reforças e obras domésticas alavancadas pelo auxílio emergencial, de acordo com avaliação do vice-presidente de economia do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan.

Ele ainda reiterou nesta quinta-feira a projeção já divulgada nesta semana de uma baixa de 2,5% no PIB setorial em 2020 (afetado pela pandemia) e uma alta de 3,8% em 2021 (puxado pela abertura de novos canteiros de obras residenciais e maior consumo de materiais de construção).

“Hoje, a atividade do setor praticamente voltou ao nível existente antes da pandemia”, afirmou Zaidan. “A perspectiva de crescimento do PIB da construção em 3,8% em 2021 se mantém principalmente em função das obras contratadas. E esperamos incremento dos investimentos (públicos e privados) se a política econômica conseguir encaminhar satisfatoriamente a questão fiscal”, comentou.

Por sua vez, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Rodrigo Navarro, destacou que acredita em um crescimento sustentável dos negócios no próximo ano.

O nível de utilização da capacidade instalada na indústria de materiais subiu de 53% em maio, após paradas provocadas pela quarentena, para 88% em novembro, um nível que pode ser considerado praticamente pleno.

“A demanda alta no varejo, o aquecimento da construção comercial e residencial, a aprovação do novo marco regulatório do saneamento básico e a expectativa de retomada das obras paradas de infraestrutura trazem indicativos de que poderemos ter sustentabilidade desse crescimento em 2021”, declarou Navarro.

Pesquisa realizada pela Abramat mostra que a expectativa dos associados para as vendas em dezembro é positiva, com 36% aguardando um período “muito bom” e 32%, “bom”. Outros 32% esperam um mês regular e ninguém tem expectativas negativas.