Economia

Setor de alimentação fora do lar tem 43% das empresas com lucro em agosto

Setor de bares e restaurantes atinge melhor resultado desde a pandemia e consolida sinais de recuperação financeira

Leitura: 3 Minutos
Em agosto, 39% das empresas do setor de alimentação fora de casa viram suas receitas crescerem em relação a julho, superando os 34% que registraram queda.  Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil
Em agosto, 39% das empresas do setor de alimentação fora de casa viram suas receitas crescerem em relação a julho, superando os 34% que registraram queda. Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), entidade que representa e promove o setor de alimentação fora do lar, apenas 16% dos estabelecimentos fecharam o mês no vermelho, enquanto 43% tiveram lucro e 40% mantiveram estabilidade.

Os números reforçam um cenário de recuperação que não aparecia há anos.

Para o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, os dados refletem uma virada importante.

A redução dos prejuízos é, nesse sentido, um sinal de que os bares e restaurantes estão conseguindo se adaptar melhor às condições econômicas. O setor viveu um período muito duro e agora dá sinais claros de recuperação, o que representa um alívio para os empresários e para a economia”, avalia.

Equilíbrio

O faturamento mensal também apresentou desempenho positivo. Em agosto, 39% das empresas viram suas receitas crescerem em relação a julho, superando os 34% que registraram queda. Para 27%, o resultado se manteve estável.

Para a Abrasel, mesmo com a inflação acumulada de 5,13% nos últimos 12 meses, 36% dos empresários conseguiram reajustar seus preços para acompanhar o índice. O que, aliás, foram cinco pontos percentuais acima do observado no mesmo período de 2024.

Além disso, outros 20% aplicaram aumentos abaixo da inflação, 6% conseguiram repassar valores maiores e 38% não realizaram nenhum reajuste nos cardápios.

Inadimplência em queda

Outro dado que confirma a tendência de melhora é a redução dos atrasos nos pagamentos.

Hoje, 64% das empresas não possuem débitos pendentes, um avanço importante em relação aos últimos anos. Desse modo, entre os que ainda enfrentam dificuldades, os principais atrasos estão relacionados a impostos federais (71%), estaduais (48%) e empréstimos bancários (35%).

Segundo Solmucci, a soma de fatores como maior controle financeiro e a queda no índice de desemprego fortalecem o processo de recuperação.

“A redução do desemprego tem sido determinante para a retomada do setor, pois amplia a renda disponível das famílias e favorece o consumo fora do lar. Esse cenário traz mais segurança aos empresários e sustenta a expectativa de crescimento contínuo nos próximos meses”, finalizou.

Agência Brasil

Agência pública de notícias

A Agência Brasil é uma agência pública de notícias que coloca a cidadania em pauta por meio do jornalismo digital. Assim como outros veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ela tem como missão "criar e difundir conteúdos que contribuam para o desenvolvimento da consciência crítica das pessoas". Para isso, prioriza a cobertura de políticas públicas a partir da perspectiva do cidadão, da sociedade civil organizada e dos Poderes Públicos (Executivo, Judiciário e Legislativo).

A Agência Brasil é uma agência pública de notícias que coloca a cidadania em pauta por meio do jornalismo digital. Assim como outros veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ela tem como missão "criar e difundir conteúdos que contribuam para o desenvolvimento da consciência crítica das pessoas". Para isso, prioriza a cobertura de políticas públicas a partir da perspectiva do cidadão, da sociedade civil organizada e dos Poderes Públicos (Executivo, Judiciário e Legislativo).