Setor de rochas naturais acredita que criação do hub no Oriente Médio tem potencial para abrir novos mercados a produtos brasileiros. Crédito: Divulgação/Centrorochas
Setor de rochas naturais acredita que criação do hub no Oriente Médio tem potencial para abrir novos mercados a produtos brasileiros. Crédito: Divulgação/Centrorochas

O setor de rochas naturais deu um passo importante na consolidação de uma das mais ambiciosas estratégias do setor. É a criação do Brazilian Natural Stone Hub, nos Emirados Árabes Unidos. A iniciativa é liderada pela Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas). E ainda teve reforço em uma intensa agenda realizada entre os dias 1º e 4 de outubro, em Dubai e Abu Dhabi. Nesse sentido, o projeto busca posicionar o país como fornecedor premium de pedras naturais para o Oriente Médio.

O hub será um centro logístico e promocional permanente, garantindo disponibilidade imediata, diversidade e qualidade consistente dos materiais brasileiros. Do mesmo modo, o objetivo é atender uma demanda reprimida por produtos sofisticados, com origem rastreável e reconhecida internacionalmente. Além de ampliar a presença comercial, a estrutura deve fortalecer o reposicionamento do Brasil como referência global em rochas naturais.

Durante a missão, o vice-presidente da Centrorochas, Fábio Cruz, representou o arranjo produtivo e destacou a importância de diversificar mercados. Ou seja, segundo ele, buscar novos destinos é essencial para reduzir a dependência de compradores tradicionais. “O Oriente Médio vem se mostrando uma região estratégica para quem busca diferenciação, qualidade e exclusividade”, afirmou o dirigente.

Setor de rochas encontra autoridades

Entre os dias 2 e 4 de outubro, Cruz participou de encontros com autoridades diplomáticas, empresários e potenciais parceiros locais. Nesse sentido, a proposta do hub foi durante o Encontro com SECOMs, SECTECs e Adidos Agrícolas do Oriente Médio e Índia, promovido pela ApexBrasil bem como pelo Ministério das Relações Exteriores. O evento contou com a presença de Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, e de representantes da diplomacia brasileira, como Sidney Leon e Marcus Vinicius Pinta Gama.

Em Abu Dhabi, a agenda incluiu reunião com Ilson Hulle, diretor executivo do Porto de Abu Dhabi (AD Ports Group). Hulle foi gestor da VPorts, em Vitória, antes de assumir a função no porto árabe. Na ocasião, a discussão foi sobre possibilidades logísticas e destacada a nova rota direta entre o Porto do Rio de Janeiro e Abu Dhabi, recém-lançada pela MSC. A conexão é um avanço estratégico, capaz de reduzir custos bem como prazos e consolidar os Emirados como porta de entrada das pedras brasileiras na região.

Governança e próximos passos

Outros encontros reforçaram a viabilidade do projeto. Em conversa com o marmorista George Henawy, referência no mercado árabe, os participantes constataram o aumento do uso de pedras brasileiras em obras institucionais. Já em Dubai, a incorporadora Alpago Properties demonstrou interesse imediato em parceria estratégica. A marca brasileira Ornare também ofereceu seu showroom local como vitrine para ações promocionais e workshops sobre o uso das rochas naturais do Brasil.

Com as validações obtidas, a Centrorochas agora avança na estruturação da governança do Brazilian Natural Stone Hub. O modelo em desenvolvimento contempla ações integradas de logística, promoção e presença comercial, com participação direta das empresas exportadoras. O detalhamento da proposta será na 2ª edição do Stone Core, evento que ocorrerá nos dias 7 e 8 de novembro, em Cachoeiro de Itapemirim (ES).

Como desdobramento das ações de outubro, a Centrorochas retornará aos Emirados em novembro com uma agenda robusta. Estão previstas a participação na feira Big 5 Global, em Dubai, uma rodada de negócios com importadores e uma visita institucional ao Porto de Abu Dhabi. Além disso, haverá uma missão prospectiva na Arábia Saudita, país considerado uma das economias mais promissoras das próximas décadas.

Redação Folha Vitória

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