Economia

Setor de serviços cresce 0,3% em julho, aponta IBGE

Segundo pesquisa do IBGE, o resultado do setor de serviços representa a sexta alta seguida e renova o patamar mais alto já alcançado, em junho de 2025. Nos seis meses seguidos de alta, o segmento subiu 2,4%

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Setor de serviços inclui bares e restaurantes, que permanecem com atividade em alta. Crédito: Reprodução
Setor de serviços inclui bares e restaurantes, que permanecem com atividade em alta. Crédito: Reprodução

O setor de serviços, que reúne atividades como transporte, turismo, restaurantes, salão de beleza e tecnologia da informação, cresceu 0,3% na passagem de junho para julho. O resultado representa a sexta alta seguida e renova o patamar mais alto já alcançado, em junho de 2025.

Nos seis meses seguidos de alta, o segmento subiu 2,4%. Esse período de fevereiro a julho é a maior sequência de alta em serviços desde o período de oito meses compreendido entre fevereiro e setembro de 2022.

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra que, em relação a julho de 2024, o setor avançou 2,8%. No acumulado de 12 meses, o crescimento é de 2,9%.

Setores de serviços

O IBGE revelou que três das cinco atividades que compõem o setor apresentaram alta na passagem de junho para julho:

  • informação e comunicação: 1%
  • profissionais, administrativos e complementares: 0,4%
  • serviços prestados às famílias: 0,3%
  • transportes: -0,6%
  • outros serviços: -0,2%

O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destaca o comportamento de duas atividades dentro do segmento de informação comunicação. Telecomunicações cresceu 0,7%, e tecnologia da informação com alta de 1,2%.

A pesquisa do IBGE identificou que a expansão dos serviços foi acompanhada por 12 das 27 unidades da federação, com os maiores impactos positivos vindo de São Paulo (1,7%), Paraná (1,7%), Mato Grosso do Sul (5,7%), Santa Catarina (0,9%) e Rondônia (10,9%).

Conjunto da economia

O setor de serviços é o que mais emprega no país. A Pesquisa Mensal de Serviços é a terceira de três levantamentos conjunturais divulgados mês a mês pelo IBGE. Nos últimos dias, o instituto revelou que a produção da indústria brasileira caiu 0,2% em julho; e o comércio recuou 0,3% no mesmo intervalo de comparação.

Nos desempenhos acumulados em 12 meses, a indústria cresceu 1,9%. O comércio apresentou expansão de 2,5%.

De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, um dos fatores que explica a tendência de alta do setor, diferentemente da indústria e do comércio, é a digitalização crescente da economia desde a pandemia de covid-19, em 2020.

Houve mudança de paradigma muito clara na qual empresas buscaram colocar os produtos em plataformas online.

Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa

Segundo ele, isso acelerou a busca por serviços digitais, o que empurra para cima o segmento de tecnologia da informação. “O consumo das empresas de delivery tem reforçado um aumento de receita nessa direção”, acrescenta.

O pesquisador avalia que os serviços são atividades que não sofrem tanto efeito de fatores macroeconômicos, como a escalada da taxa de juros, iniciada em setembro, para conter a inflação.

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A Agência Brasil é uma agência pública de notícias que coloca a cidadania em pauta por meio do jornalismo digital. Assim como outros veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ela tem como missão "criar e difundir conteúdos que contribuam para o desenvolvimento da consciência crítica das pessoas". Para isso, prioriza a cobertura de políticas públicas a partir da perspectiva do cidadão, da sociedade civil organizada e dos Poderes Públicos (Executivo, Judiciário e Legislativo).

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