Economia

Setor privado será importante para excluir produtos do tarifaço, diz Alckmin

Vice-presidente não confirmou data nem tipo de encontro entre Lula e Trump, mas disse que reunião entre líderes deve destravar negociações comerciais além de reduzir efeitos do tarifaço

Leitura: 2 Minutos
Geraldo Alckmin disse estar esperançoso com reunião entre presidentes de Brasil e EUA e também revelou que deve ir à Índia em busca de novos mercados para produtos brasileiros. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Geraldo Alckmin disse estar esperançoso com reunião entre presidentes de Brasil e EUA e também revelou que deve ir à Índia em busca de novos mercados para produtos brasileiros. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O vice-presidente e ministro da Indústria e ComércioGeraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (29) que está otimista que o possível encontro entre os presidentes LulaDonald Trump destrave as negociações para reduzir o tarifaço contra produtos brasileiros. A declaração foi durante entrevista a uma rádio.

“Nós estamos confiantes de que terá uma boa conversa entre o presidente Lula e o presidente Trump. E que isso possa destravar ainda para a gente avançar mais”, declarou.

Segundo ele, o encontro deve permitir novos passos na direção de mais exceções ao tarifaço e também de uma redução das tarifas de 50%. Ele declarou ainda que, apesar de não se ter informações sobre data ou o tipo da reunião entre os chefes de Estado, ela será um passo importante.

Alckmin disse estar otimista com o avanço das negociações, porém que é preciso esperar os próximos passos. Afirmou que o setor privado foi muito importante e continuará a ser para que o tarifaço seja minimizado.

Então, o setor privado teve e terá um papel importante para a gente excluir mais setores do tarifaço, que foi 10% mais 40%, aí que dá os 50%. Temos que reduzir essa alíquota, porque não tem sentido.

Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil

O vice-presidente declarou não ter detalhes de o que levou Trump a se mostrar mais aberto a negociar com o Brasil, no entanto achou positiva a mudança. Segundo ele, os argumentos lógicos estão do lado brasileiro.

Ele disse também não haver relação entre decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e uma política de importações, como o feito pelos EUA. Com isso, o avanço do diálogo ajudará bastante a melhorar a relação com os norte-americanos.

“Tarifa de importação e exportação é política regulatória, não tem nada a ver com a questão de decisão de Suprema Corte”, afirmou.

Alckmin declarou daqui a 15 dias irá à Índia para negociar a abertura de mais mercados para os produtos brasileiros. É uma forma de driblas o tarifaço dos EUA.