Economia

Setor se esforça para empregabilidade, mas há risco de demissão, diz Abraciclo

Setor se esforça para empregabilidade, mas há risco de demissão, diz Abraciclo Setor se esforça para empregabilidade, mas há risco de demissão, diz Abraciclo Setor se esforça para empregabilidade, mas há risco de demissão, diz Abraciclo Setor se esforça para empregabilidade, mas há risco de demissão, diz Abraciclo

São Paulo – A indústria brasileira de motocicletas está se esforçando para manter o atual nível de empregabilidade, mas as condições macroeconômicas podem forçar novas demissões em empresas do setor. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Marcos Fermanian, que não citou projeções de números de demissões para 2016.

“O mercado está incerto e pode ser que haja um ajuste mais intenso no nível de produção para adequar os estoques”, avaliou.

Em setembro, o setor empregava 16.376 trabalhadores, uma queda de 8,7% em relação aos 17.928 empregados no final de 2014.

“Porém, não vislumbramos um movimento unificado de demissões porque há um esforço individual de todas as marcas para manter a empregabilidade, já que é muito oneroso treinar mão de obra na área produtiva”, ponderou.

Sobre a crise política pela qual o Brasil está passando, Fermanian adotou o tom cauteloso de outros empresários do setor industrial e disse que está “torcendo para que o nó político seja desatado rapidamente”.

“Acreditamos que a partir do segundo semestre de 2016 a indústria vai começar a vislumbrar uma recuperação, com a melhora do ambiente político e econômico”, comentou.

Em relação às exportações, ainda que o volume seja pequeno, o setor está otimista e projeta que haja uma alta 2,7% nas vendas externas em 2016, para 75 mil motocicletas.

O impulso seria puxado pela Argentina, que representa 60% do volume de exportações. “A mudança de governo na Argentina traz uma nova perspectiva para todo o mercado brasileiro. Nós vemos um momento muito mais favorável para o intercâmbio e o aumento da relação com os vizinhos argentinos”, disse.