Economia

Shell diz que suas exportações de petróleo da Nigéria são afetadas por vazamento

Shell diz que suas exportações de petróleo da Nigéria são afetadas por vazamento Shell diz que suas exportações de petróleo da Nigéria são afetadas por vazamento Shell diz que suas exportações de petróleo da Nigéria são afetadas por vazamento Shell diz que suas exportações de petróleo da Nigéria são afetadas por vazamento

Londres – A companhia Royal Dutch Shell afirmou nesta quarta-feira que suas exportações de petróleo da Nigéria foram significativamente afetadas, por causa de um vazamento em um oleoduto. Uma série de problemas no país do oeste africano reduziram a produção do país em cerca de 500 mil barris por dia.

A notícia é mais uma a afetar a oferta da commodity. Um incêndio em uma área de produção no Canadá e problemas devido a confrontos na Líbia se somam aos da Nigéria. No total, isso retira até 3,5 milhões de barris por dia da produção global, afirmou o analista Seth Kleinman, do Citigroup. Segundo ele, isso deve reduzir o desequilíbrio entre oferta e demanda no curto prazo. Atualmente, a produção global da commodity supera a demanda em mais de 1 milhão de barris por dia. Especialistas no mercado esperam que a oferta e a demanda não entrem em equilíbrio até o fim deste ano.

A produção de petróleo da Nigéria parece particularmente vulnerável, diante de um alarmante aumento nos ataques de militantes contra a infraestrutura do país.

Em comunicado por e-mail, a subsidiária nigeriana da Shell informou que declarou force majeure (força maior) até terça-feira, uma medida que dá a ela imunidade legal caso não consiga cumprir suas obrigações de exportação. A companhia disse que um vazamento havia interrompido o oleoduto Nembe Creek Trunk, que leva petróleo através do Delta do Níger até o terminal de exportações da empresa. Isso afetará cerca de 200 mil barris por dia de exportações neste mês, segundo um operador familiarizado com o assunto.

A Shell não comentou a causa do problema nem o tamanho do vazamento associado. A empresa vendeu o oleoduto para a companhia nigeriana Aiteo no ano passado, como parte de uma estratégia de reduzir sua presença no Delta do Níger e referiu mais questões sobre o incidente para a companhia africana. A Aiteo, porém, não havia respondido aos pedidos de entrevista.

A Nigéria é um país rico em petróleo, mas tem um histórico de militantes e de criminalidade que frequentemente forçam companhias a interromper a produção da commodity. No mês passado, a Agência Internacional de Energia informou que a oferta da Nigéria recuou 1,7 milhão de barris por dia em março, em seu patamar mais baixo desde meados de 2009. Fonte: Dow Jones Newswires.