Economia

Sob comando de Goldfajn, BC conseguirá reduzir os juros, diz Febraban

O presidente da Febraban afirmou que há uma situação diferente ao final de 2015 e que o País pode esperar retomada do crescimento ainda em 2017

Sob comando de Goldfajn, BC conseguirá reduzir os juros, diz Febraban Sob comando de Goldfajn, BC conseguirá reduzir os juros, diz Febraban Sob comando de Goldfajn, BC conseguirá reduzir os juros, diz Febraban Sob comando de Goldfajn, BC conseguirá reduzir os juros, diz Febraban
Essa queda de juros, afirmou, será “na velocidade que as circunstâncias permitirem” Foto: Divulgação

São Paulo – Sob o comando de Ilan Goldfajn, o Banco Central (BC) conseguiu em pouco tempo alinhar as expectativas de inflação e terá sucesso na tarefa de reduzir os juros, disse nesta segunda-feira, 12, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal. Essa queda de juros, afirmou, será “na velocidade que as circunstâncias permitirem”.

“O conhecimento e a competência do presidente do Banco Central foram igualmente demonstrados na condução da política cambial, em um momento de forte incerteza, com a acertada orientação de reduzir a volatilidade de curto prazo, mas sem procurar afetar nem a tendência, nem o nível da taxa de câmbio”, disse em discurso no almoço de confraternização dos dirigentes de bancos.

Portugal disse que para o crescimento sustentável são necessários inflação baixa e pouco volátil, disciplina fiscal que permita dívida pública bruta sustentável com tributação de qualidade e tamanho compatíveis com os de nossos competidores, e regime cambial flexível que absorva choques externos por meio dos sistemas de preços e de renda.

“O aumento da produtividade é a base e o principal motor do crescimento sustentável. Aumentar a produtividade é fazer mais e fazer melhor com os mesmos ou menos recursos”, destacou.

Ano diferente

O presidente da Febraban afirmou que há uma situação diferente ao final de 2015 e que o País pode esperar volta do crescimento em 2017. “Estamos terminando o segundo ano consecutivo de recessão na economia brasileira. Mas temos, para o próximo ano, uma situação bem diferente da que enfrentávamos no ano passado, e, apesar das incertezas no cenário político doméstico e no cenário externo, podemos alimentar a convicção da volta do crescimento em 2017”, disse.

Portugal mencionou que as estimativas de crescimento para o ano que vem ainda apresentam grande dispersão, variando de 0,3% a 1,5%, a qual, segundo ele, é comum em momentos de inflexão do ciclo econômico.

Mas ressaltou que o importante é que as instituições financeiras convergem todas para a expectativa de que o Brasil crescerá no ano que vem e que, “embora o crescimento médio do ano fique aquém do que desejaríamos, a economia estará crescendo acima de 2% no último trimestre de 2017. E as projeções apontam para um crescimento ainda mais rápido em 2018”.

Portugal pontuou que o inicio do governo do Temer mostrou melhoria significativa de vários indicadores antecedentes que apontam para essa mudança no ciclo econômico. Ele citou oi o que os juros de longo prazo caíram; os CDS, Credit Default Swaps, que refletem o risco do Brasil percebido pelos investidores externos, estão em níveis bem inferiores ao que estavam nessa mesma época de 2015; a Bolsa de Valores se recuperou, com o índice Bovespa refletindo um dos melhores momentos dos últimos anos; a taxa de cambio, apesar da volatilidade recente ligada a fatores da situação internacional e da conjuntura política doméstica, apresentou valorização em relação ao nível do final do ano passado.