Coluna Edu Kopernick

Sorvete premium de doce de leite: marca argentina chega com 'heladeria' ao ES

A marca famosa pelos alfajores e pelo doce de leite, aposta que a heladeria, um modelo de sorveteria premium, represente até 25% de seu faturamento. A companhia faturou R$ 420 milhões em 2024, com projeção de alcançar R$ 550 milhões em 2025.

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A heladeria é uma sorveteria premium e os sorvetes são à base de doce de leito argentino. Crédito: Divulgação
A heladeria é uma sorveteria premium e os sorvetes são à base de doce de leito argentino. Crédito: Divulgação

Sorvete de doce de leite argentino e planos para ter 10 lojas no Estado. A “Heladeria” Havanna, a sorveteria da marca argentina, começou a funcionar nesta quinta (25) no Shopping Vitória e é só a primeira no ES. Ter uma marca de sorvetes premium é estratégia que tem a ver com grana. A marca famosa pelos alfajores e pelo doce de leite, aposta que o modelo de sorveteria premium represente até 25% de seu faturamento nos próximos anos.

Não é pouca coisa, já que só no território brasileiro, a companhia faturou R$ 420 milhões em 2024, com projeção de alcançar R$ 550 milhões em 2025. É o poder do doce de leite.

Em Vitória, a Havanna pretende ampliar presença para além do shopping. Negociações estão em andamento e quase finalizadas para instalar lojas no Aeroporto de Vitória, em outros centros comerciais e na Praia do Canto. Vila Velha também aparece no radar, acompanhando o movimento de expansão no Estado.

A empresa também prepara ações para conectar consumidores a novas experiências, como a inclusão de vouchers promocionais dentro de produtos tradicionais, entre eles os panetones. Ou seja, você compra um panetone da marca e ganha um vale sorvete. São 14 sabores de sorvete e 10 deles são com doce de leite.

Segundo Adriana Villela, diretora de Expansão da Havanna no Brasil, a estreia no Estado é estratégica e sinaliza novos movimentos da rede.

O Espírito Santo é um mercado com grande potencial para a Havanna e estamos muito felizes em trazer nossa primeira heladeria. A meta é consolidar a operação local e ampliar a presença em regiões de maior poder aquisitivo, como a Praia do Canto.

Adriana Villela, diretora de Expansão da Havanna no Brasil

Heladeria começou pelo Brasil

A Heladeria Havanna chegou ao país em 2023, em um modelo inédito entre os 12 mercados internacionais da marca. O Brasil se tornou o primeiro a receber o formato, que hoje já tem 141 lojas comercializadas e que vão entrar em processo de instalação. A rede projeta encerrar 2025 com 85 unidades no país. Ou seja, o Brasil é um dos motores de expansão da companhia. E o ES está nesse contexto.

Hoje, são 25 unidades em funcionamento, incluindo quatro operações híbridas que unem cafeteria e heladeria. Até o fim deste ano, serão 29 lojas no próximo mês e outras 26 em dezembro. O plano é que o modelo supere o faturamento das cafeterias, que até então eram o pilar central da operação no Brasil.

Adriana destaca que os sorvetes, ou “helados”, já se mostraram estratégicos mesmo em períodos de baixa sazonalidade. “Começamos no período de inverno e tivemos um ótimo retorno. Imaginamos que o faturamento vai aumentar muito no verão”. Além disso, a executiva adianta que sobremesas regionais estão em estudo para trazer um toque local às receitas, incluindo testes em Vitória no próximo semestre.

Convites para provar sorvetes

Outro diferencial será a estratégia de marketing, que combina degustações, distribuição de vouchers e colaborações com outras marcas. “Estamos abertos a fazer colabs com empresas locais no Espírito Santo”.

Fundada em 1948, em Mar del Plata, a Havanna construiu sua identidade a partir do doce de leite e dos alfajores premium. A marca expandiu ao longo das décadas com cafeterias, quiosques e operações franqueadas, até lançar em 2023 o novo modelo de heladeria.

Atualmente, a empresa soma mais de 2.500 pontos de venda em 12 países, incluindo Argentina, Chile, Estados Unidos, Espanha e Brasil.

Para a diretora Adriana Villela, a concorrência no setor de sorvetes é bem-vinda e ajuda a fortalecer o mercado. “A concorrência é positiva para nós, mas temos como diferencial a qualidade e o sabor. Como temos o melhor doce de leite do mundo, fica mais fácil competir”, declarou.

Edu Kopernick

Editor de Economia

Edu Kopernick é jornalista formado na Faesa, especialista em Comunicação Organizacional pela Gama Filho, com experiência em reportagens especiais para veículos nacionais e séries sobre economia do Espírito Santo. Já teve passagens pelos principais veículos de TV, rádio e webjornalismo do Estado. É editor de Economia do Folha Vitória desde 2024, apresentador de TV e host do videocast ValorES.

Edu Kopernick é jornalista formado na Faesa, especialista em Comunicação Organizacional pela Gama Filho, com experiência em reportagens especiais para veículos nacionais e séries sobre economia do Espírito Santo. Já teve passagens pelos principais veículos de TV, rádio e webjornalismo do Estado. É editor de Economia do Folha Vitória desde 2024, apresentador de TV e host do videocast ValorES.