Economia

SPE projeta desaceleração do setor agropecuário no segundo trimestre

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Após a Agropecuária comandar o crescimento de 1,9% no Produto Interno Bruto (PIB) primeiro trimestre ante o último trimestre do ano passado, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda projeta a desaceleração do setor no segundo trimestre do ano. E, mesmo com a indústria ainda patinando, a pasta confia em outros vetores para sustentar a expansão da atividade em 2023.

O órgão destaca que o aumento da produção de grãos tem impacto mais pronunciado no começo do ano, com a colheita de soja e da primeira safra de milho. Da mesma forma, a SPE não aposta em uma recuperação da Indústria no segundo trimestre do ano, já que os indicadores antecedentes não apontam nessa direção.

“Destaca-se, nesse sentido, o recuo no fluxo de caminhões pesados, a queda na produção de automóveis e ônibus e a trajetória dos índices de confiança da indústria e empresarial. As condições de juros e spreads no mercado de crédito bancário e não-bancário também contribuem para esta perspectiva”, argumenta a nota.

Por outro lado, a Fazenda confia que os Serviços continuarão com desempenho favorável, citando a criação de vagas formais no setor, o novo aumento do salário mínimo a partir de maio e a desaceleração da inflação de alimentos e gasolina. “A redução de alíquotas de impostos para carros novos também deve contribuir para a dinâmica desse setor a partir de junho”, acrescentou a pasta.

Para o restante do ano, o SPE voltou a citar vetores positivos para crescimento como o programa Desenrola – que não tem data para começar a rodar -, o Minha Casa Minha Vida, o Plano de Transformação Ecológica e políticas de crédito para inovação e digitalização.

“O início da flexibilização monetária e as reformas fiscal e tributária, somadas ainda às medidas para desburocratizar e agilizar emissões no mercado de capitais tendem a reduzir incertezas, propiciando o retorno do investimento. A desaceleração esperada para a economia global e as condições monetárias que devem seguir restritivas, no entanto, ainda preponderam no cenário de atividade esperado para 2023”, concluiu o órgão.