A arquiteta Júlia Mattiello, fundadora da Endelevo, vive um momento decisivo. Sua construtech (startup da área de construção) desenvolve soluções sustentáveis que integram tecnologia em fachadas e mobiliários urbanos. “A aceleração faz uma diferença enorme. Ganhamos visibilidade e conhecimento”, afirmou. Nesse sentido, Júlia destacou que a meta agora é comercial. “A gente quer vender, vender e vender. Essa é a nossa meta”. Ou seja, a empreendedora acredita que o programa Seedes será a virada de chave para escalar o negócio no Brasil e no exterior.
De São Paulo, o empreendedor Alexandre Kelemen também está animado com o início da aceleração no Seedes. Ele é fundador da Mangue Tech, plataforma que simplifica a gestão de sustentabilidade e compliance ESG. “Nossa solução calcula automaticamente emissões de gases de efeito estufa”, explicou. Do mesmo modo, Alexandre destacou a importância de estar no Espírito Santo. “Queremos fazer parte desse ecossistema e atuar de forma presente no Estado”, afirmou. Ou seja, segundo ele, o programa ajudará a fortalecer conexões e ampliar o alcance nacional e internacional da empresa.
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Os dois empreendedores estão entre as 30 startups que iniciaram nesta segunda-feira (13) a fase de aceleração do Programa Seedes. O evento oficial de lançamento aconteceu no Hub ES+, no Centro de Vitória, reunindo o governador Renato Casagrande, o secretário de Ciência e Tecnologia Bruno Lamas, representantes da Fapes e da Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI). Nesse sentido, a solenidade marcou o início de uma nova etapa para os negócios inovadores do Estado e destacou o papel estratégico da aceleração para o desenvolvimento do ecossistema capixaba.
Compromisso com a inovação
Durante o evento, Casagrande ressaltou o compromisso do governo com a inovação bem como com o empreendedorismo. “Estamos financiando e apoiando 30 empresas já selecionadas”, afirmou. Do mesmo modo, ele destacou que o ambiente criado pelo Estado estimula atitudes e gera oportunidades.
Queremos acelerar negócios que gerem emprego, renda e desenvolvimento para o Espírito Santo.
Renato Casagrande, governador do ES
Casagrande também relacionou o programa às tendências globais. “O Prêmio Nobel de Economia mostrou que a inovação é o motor do crescimento. Estamos no caminho certo, investindo em pesquisa, tecnologia e novos negócios”, acrescentou. Nesse sentido, o governador afirmou que o objetivo é fazer do Espírito Santo um provedor de tecnologia. “Não queremos apenas consumir inovação, queremos produzi-la”, concluiu.
Investimento e inovação com foco nas pessoas
O secretário de Ciência e Tecnologia, Bruno Lamas, destacou a importância da política pública voltada à inovação. “O Espírito Santo é o Estado que mais investe per capita em tecnologia no Brasil”, afirmou. Segundo ele, o Seedes e outros programas, como o InovaPOP, popularizam e interiorizam a inovação. “Essas iniciativas aproximam as pessoas e levam oportunidades para todo o Estado”, explicou.
Ou seja, Bruno Lamas reforçou que o governo aposta em conhecimento como motor do desenvolvimento.
A transformação digital precisa colocar as pessoas no centro. Estamos construindo uma nova economia capixaba baseada em inovação social e tecnológica. Não vamos parar porque decidimos investir em pessoas, em tecnologia e no futuro.
Bruno Lamas, secretário de Estado de Ciência e Tecnologia
O programa Seedes
O programa oferece mentorias, suporte técnico e acesso a redes estratégicas para as startups selecionadas. Essas ações aumentam as chances de sucesso e ampliam a visibilidade das empresas. Além disso, cada startup selecionada para aceleração recebe até R$ 100 mil de aporte financeiro. No total, o edital da primeira edição destinou R$ 3 milhões para os 30 projetos acelerados.
Com o início da aceleração, o ecossistema capixaba ganha novo impulso. Startups como a Endelevo e a Mangue Tech agora têm o apoio e o ambiente ideais para crescer. Cada etapa do Seedes reforça a integração entre governo, empreendedores e instituições. O resultado é um Estado que transforma ideias em soluções e inovação em desenvolvimento.
A gente quer chegar no Brasil todo e internacionalizar a nossa solução. Já começamos essa internacionalização. Falta a gente ter o primeiro passo aqui para que enxerguem a gente, para que enxerguem o nosso nome de fato. Só falta escalar.
Júlia Mattiello, fundadora da Endelevo
Editor de Economia
Edu Kopernick é jornalista formado na Faesa, especialista em Comunicação Organizacional pela Gama Filho, com experiência em reportagens especiais para veículos nacionais e séries sobre economia do Espírito Santo. Já teve passagens pelos principais veículos de TV, rádio e webjornalismo do Estado. É editor de Economia do Folha Vitória desde 2024, apresentador de TV e host do videocast ValorES.
