A suspeita de caso da doença conhecida como “Vaca Louca” em um frigorifico de Minas Gerais pode afetar o preço da carne de boi nos próximos dias. Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a produção já foi reduzida e pode ser paralisada até a próxima quarta-feira (08) em todo o país.
Além dos casos suspeitos da doença, a paralisação do abate também ocorre por causa do feriado prolongado da Independência do Brasil e devido ao valor da arroba no mercado. De acordo com o Mercado Agrícola do Incaper, o preço do boi chegou a R$ 300 no Espírito Santo nesta sexta-feira (03).
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Segundo o economista Eduardo Araújo, a variação dos preços da carne de boi nos próximos dias depende de diversos fatores, entre eles está a confirmação do caso investigado e de como essa informação será recebida pela população.
“O impacto no bolso vai depender do grau de gravidade da situação, de como as agências sanitárias vão se posicionar e como essas informações serão recebidas pela sociedade”, explicou.
O preço pode, segundo o economista, ter efeitos opostos no mercado. O receio em consumir carne de boi pode fazer com que os consumidores deixem de procurar por este produto nos açougues. “Se as pessoas deixarem de consumir a carne de boi e opte por consumir carne de frango, por exemplo, o preço da carne pode diminuir”, explicou.
Por outro lado, as perdas dos produtores pode acarretar em elevações no preço. “No médio e longo prazo, casos as perdas de produção sejam muito grande e o produtor deseje tentar compensar as perdas que teve, o preço da carne pode subir”, disse.
Definição de preços apenas depois que os resultados dos testes forem divulgados
O que deve acontecer, no entanto, ainda não pode ser previsto. Isso porque, a variação dos preços depende dos resultados dos testes que foram realizados no animal com o caso suspeito de “Vaca Louca”.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento não divulgou detalhes dos casos em investigação. A pasta informou, por meio de nota, que esses casos são corriqueiros dentro dos procedimentos de vigilância estabelecidos e medidas preventivas são adotadas imediatamente para garantir o controle sanitário.
A pasta disse, ainda, que assim que concluído o processo em investigação em Minas Gerais, o resultado será informado.
Produtor web
Gabriel Barros é jornalista formado pelo Centro Universitário Faesa e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2018 no jornalismo capixaba. Em 2020, passou a integrar a equipe do jornal online Folha Vitória, em coberturas sobre o cotidiano das cidades do Estado, política e cultura.
