Economia

TCU adia análise sobre renovações de concessões de distribuição de energia por apelo do governo

TCU adia análise sobre renovações de concessões de distribuição de energia por apelo do governo TCU adia análise sobre renovações de concessões de distribuição de energia por apelo do governo TCU adia análise sobre renovações de concessões de distribuição de energia por apelo do governo TCU adia análise sobre renovações de concessões de distribuição de energia por apelo do governo

O Tribunal de Contas da União (TCU) adiou, pela segunda semana seguida, a análise do processo que trata das diretrizes para a renovação das concessões de distribuidoras de energia que terão seus contratos por vencer nos próximos anos. A decisão se deu após apelo da Casa Civil, que prometeu reavaliação das diretrizes até janeiro do ano que vem.

O presidente da Corte de Contas, ministro Bruno Dantas, pediu a palavra antes de passar para o relator da matéria, ministro Antonio Anastasia, explicando que recebeu diversos parlamentares e membros do governo para tratar do processo nos últimos dias. Entre eles, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que prometeu reavaliar as diretrizes para a renovação de concessões, o que até o momento estava sendo feito apenas pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

“Se a Casa Civil vai examinar as diretrizes, não faz sentido o tribunal iniciar avaliação de regras que podem mudar a partir de janeiro”, ponderou Dantas. O ministro destacou, porém, que o governo já está inadimplente com prazos. “Pedi que o governo trabalhe intensamente até janeiro para que possamos adequar o voto a eventuais mudanças”, disse.

Renovações

No período de 2025 a 2031, vinte empresas de distribuição de energia elétrica terão seus contratos de concessões vencidos. Estes contratos correspondem a 60% do número de clientes, mercado e receita bruta do total das concessionárias de distribuição no País.

Em 2015, o TCU já havia acompanhado o processo relacionado a um outro lote de concessões que estavam por vencer. Naquele período, a Corte de Contas fez determinações que os gestores deveriam levar em consideração quando houvesse outra situação de vencimento para outras concessões.

Na ocasião, a área técnica do tribunal criticou a decisão de prorrogar os contratos de distribuição,mas o relator daquele caso, José Múcio Monteiro, considerou que a relicitação traria riscos maiores à continuidade dos serviços e à segurança energética do que a opção pela prorrogação. Ficou determinado, porém, que o MME deveria definir com antecedência mínima de três anos do término dos contratos as diretrizes para o próximo lote de distribuidoras, prazo que se encerrou em julho de 2022. A pasta pediu mais prazos para executar os trabalhos.

Agora, os ministros avaliarão se as determinações contidas no Acórdão que regeu a prorrogação dos vencimentos em 2015 estão sendo aplicadas. Além disso, o tribunal examina, com essa fiscalização, outros aspectos das atividades e decisões que o governo está tomando no caso das 20 concessionárias em questão.