Economia

Temer diz que 'está apostando' na reforma da Previdência

Temer diz que ‘está apostando’ na reforma da Previdência Temer diz que ‘está apostando’ na reforma da Previdência Temer diz que ‘está apostando’ na reforma da Previdência Temer diz que ‘está apostando’ na reforma da Previdência

Brasília – O presidente da República, Michel Temer, disse, em entrevista à Rádio Guaíba, que “está apostando” na reforma da Previdência e que a nota para a sua esperança em aprovar o texto, de zero a dez, “é sete, mas quero chegar a dez”. Temer apelou aos parlamentares gaúchos que ajudem a convencer a população da necessidade das mudanças nas regras de aposentadoria, insistindo que esta medida “é mais importante para o País do que para o seu governo”.

Ele reiterou, no entanto, que, se a reforma não for aprovada, daqui a pouco “vai ter de cortar até aposentadorias e pensões de servidores públicos”, como aconteceu em alguns Estados e países.

De acordo com o presidente, “hoje o povo estando a favor, conseguiremos aprovar a reforma na Câmara e no Senado”. Ele reiterou que o “Legislativo é um parceiro do governo” e que, por isso, tem conseguido aprovar medidas importantes.

O presidente voltou a falar dos resultados positivos da economia. “O Brasil está crescendo, a inflação, sob controle, e juros e desemprego, caindo”, disse ele, lembrando que tudo que está sendo aplicado em sua administração estava escrito no programa de governo do MDB, “Ponte para o Futuro”.

“Meu governo é de 1 ano e 8 meses e conseguimos fazer andar coisas que ninguém mexia”, insistiu Temer, que passou a lembrar dificuldades que os Estados estão enfrentando, justamente por conta do déficit da Previdência. No âmbito federal, este ano, o déficit é de R$ 270 bilhões e ano que vem, de R$ 310 bilhões.

Temer aproveitou ainda para fazer comparação entre o servidor público e da iniciativa privada, para contestar a necessidade de os primeiros terem aposentadorias maiores do que os demais, que ganham até R$ 5,6 mil do INSS, dizendo que a Constituição fala em igualdade e questionando se “será que o trabalho do servidor público é mais pesado, oneroso, do que o do trabalhador privado?”. E concluiu: “Não é.”

O presidente citou ainda as dificuldades que vários Estados, inclusive Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro estão enfrentando, centrado na pressão das contas da Previdência. Em seguida, elogiou o fato de a Assembleia do Rio Grande do Sul ter dado apoio ao governo gaúcho, permitindo o avanço dos Estados, no fechamento da sua recuperação fiscal.